SOB ALERTA
Governo descarta contaminação por metanol em paciente de Mato Grosso
Da Redação
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) descartou a suspeita de intoxicação por metanol em um homem internado no Hospital Regional de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá). Os resultados laboratoriais confirmaram que o paciente não apresentou sinais de contaminação pela substância.
A suspeita havia sido levantada em meio ao surto de intoxicações por metanol registrado no país, que tem gerado alerta nacional. A maior parte dos casos foi identificada em São Paulo, mas ocorrências semelhantes foram notificadas em outros estados, todas relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente destilados de fabricação clandestina, como cachaças e vodcas artesanais sem registro.
Entre as dificuldades para diagnosticar a intoxicação por metanol — uma condição potencialmente letal — está o fato de que os sintomas iniciais se confundem com os da embriaguez comum, como náuseas, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça e confusão mental.
Após um período de 12 a 24 horas, os sinais evoluem para um quadro de toxicidade sistêmica grave, com alterações visuais (visão turva, fotofobia, pupilas dilatadas, podendo evoluir para cegueira irreversível), manifestações neurológicas (cefaleia intensa, convulsões e coma) e comprometimento metabólico (respiração acelerada e profunda devido à acidose).
De acordo com o Ministério da Saúde, o metanol é uma substância altamente tóxica utilizada na indústria química e automotiva, imprópria para consumo humano. Mesmo pequenas quantidades podem causar danos neurológicos permanentes ou morte. O órgão reforça a orientação para que a população não consuma bebidas de procedência duvidosa e denuncie à vigilância sanitária casos suspeitos de adulteração.
A SES-MT informou ainda que mantém monitoramento constante junto aos hospitais regionais e às Vigilâncias Sanitárias municipais para identificar possíveis casos e prevenir novas ocorrências no estado.