AGUARDAM NOVA PROPOSTA
Após enfermeiros, médicos da rede pública também aprovam estado de greve contra corte da insalubridade
Da Redação
Durante assembleia na noite de segunda-feira (13), o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) aprovou estado de greve da categoria, além de manter assembleia permanente até que o pagamento de folha salarial, onde poderão avaliar os efeitos do cálculo quanto ao percentual de insalubridade. Também foi marcada uma nova reunião no dia 21 de outubro, às 19h.
Na mesma noite, o Sindicato dos Enfermeiros também se reuniu e aprovou o estado de greve, em solidariedade à luta da categoria médica e em repúdio ao que classificam como um ataque aos direitos trabalhistas dos servidores da saúde.
O cálculo do adicional, que agora será feito com base no salário inicial da carreira (nível A1), o que reduz significativamente os valores pagos atualmente.
O presidente do Sindimed-MT, Adeíldo Lucena, afirmou que a gestão municipal voltou a abrir diálogo com a categoria. “O prefeito hoje abriu novamente as negociações e vamos participar de todas as reuniões e da audiência pública que haverá na Câmara no dia 20 de outubro, para chegarmos a uma solução”, declarou.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso cobra da Prefeitura de Cuiabá o cumprimento da legislação municipal nº 158/2007, que determina que o adicional de insalubridade, que deve ser calculado conforme o grau de exposição ao risco (10%, 20% ou 40%) e sobre o salário inicial da carreira, não sobre o vencimento atual do servidor.
Ainda na noite de segunda-feira (13), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, abriu diálogo a céu aberto com representantes da Saúde na Praça Alencastro, em frente à sede da Prefeitura. O encontro, que durou mais de duas horas, teve como foco a construção de uma proposta de consenso sobre o pagamento da insalubridade dos servidores municipais.
Durante a conversa, Brunini ressaltou que o objetivo é buscar um equilíbrio entre legalidade, responsabilidade fiscal e valorização do servidor público. Ele destacou que até quarta-feira (15) será apresentada uma proposta entre a Prefeitura e os representantes sindicais, para que o projeto de lei possa ser encaminhado à Câmara Municipal ainda nesta semana.