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REGULAMENTAÇÃO

O futuro das apostas no Brasil depende de estabilidade e do combate ao mercado ilegal

Marcus Dutra, CFO da Luck.bet

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Em breve completaremos dez meses do início da regulamentação das apostas esportivas em solo nacional e, até o momento, já temos vários indicativos do quão acertada foi essa decisão.

No primeiro semestre de 2025, cerca de 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas esportivas, e foram autorizadas 78 empresas a oferecer apostas de quota fixa, dentro de um total de 182 operadores regulamentados. A receita bruta total (GGR) das empresas autorizadas chegou a R$ 17,4 bilhões, resultando em aproximadamente R$ 3,8 bilhões em tributos federais, além de R$ 2,2 bilhões pagos em outorgas e R$ 50 milhões em taxas de fiscalização. Esses números provam que a formalização do setor está trazendo retorno direto ao estado e à sociedade.

Mas, se quisermos consolidar esse caminho, precisamos ter clareza: apenas tributar mais não é suficiente e, em muitos casos, pode até ser um erro. O setor ainda está em adaptação às novas regras. Muitas empresas investiram pesado em tecnologia, compliance, estrutura, publicidade responsável e parcerias. Esse movimento só aconteceu porque havia confiança em um ambiente de negócios minimamente previsível.

Quando se fala em aumentar a alíquota tão cedo, o risco é colocar em xeque essa confiança e abrir espaço para a volta do mercado ilegal, que não paga imposto, não respeita normas e não oferece qualquer proteção ao consumidor. De outubro de 2024 a junho de 2025, mais de 15,4 mil páginas de apostas foram retiradas do ar pela Anatel, mostrando que o mercado paralelo ainda é forte e precisa ser combatido de forma consistente.
Não temos medo de pagar impostos. O que precisamos é de regras claras, estabilidade e, principalmente, uma competição justa. O setor movimenta valores relevantes e representa um público engajado que merece proteção e previsibilidade.

Além disso, o combate ao mercado clandestino não pode ser apenas um discurso: tem que ser prioridade prática. Só assim vamos garantir que as empresas que decidiram se regularizar sigam contribuindo, gerando empregos, patrocinando o esporte, a cultura e entregando ainda mais receita ao país. Se fizermos isso, o Brasil tem tudo para se tornar uma referência global em apostas esportivas. Mas, nesta trajetória, precisamos de uma visão a longo prazo e de respeito a quem escolheu operar dentro da lei.

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