BRIGA POR NADA
Mendes critica impasse na Assembleia e diz que briga por nome do Hospital Central é “pouco diante do que importa”
Kamila Araújo
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou nesta quinta-feira (17) que considera desnecessária a disputa travada entre deputados estaduais em torno da escolha do nome do Hospital Central de Cuiabá, que está em fase final de conclusão após décadas de paralisação. Segundo ele, o foco deve estar na entrega da unidade e na qualidade dos serviços que serão oferecidos à população, e não em disputas políticas por homenagens.
“O Hospital Central vai ser o melhor hospital público do Brasil — e isso é o que realmente importa”, afirmou o governador. “O nome já foi definido. Agora, ficar brigando por nome eu acho muito pouco diante dos grandes objetivos que o governo tem: entregar coisas com qualidade para o povo.”
A fala de Mauro ocorre em meio à polêmica instalada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde parlamentares divergem sobre as homenagens que devem batizar alas e setores do hospital. O impasse ganhou força após diferentes grupos de deputados apresentarem indicações com nomes de personalidades políticas e médicas. A disputa gerou atritos entre aliados e levou parte da base governista a pedir que o Executivo intervenha para resolver a questão.
O governador, no entanto, adotou um tom de distanciamento do debate. “A Assembleia está debatendo isso, e é papel dela. Eu não entro no papel deles”, resumiu.
O Hospital Central, localizado em Cuiabá, é considerado uma das obras mais emblemáticas do Estado. Iniciada há mais de 30 anos, a unidade foi retomada e concluída pela atual gestão com investimento superior a R$ 180 milhões. A previsão é de que o hospital seja inaugurado ainda neste ano, com 260 leitos, sendo 60 de UTI, e estrutura voltada a atendimentos de média e alta complexidade.
A unidade integra o plano de expansão da rede estadual de saúde, que inclui também os hospitais regionais de Tangará da Serra, Alta Floresta e Confresa. Para Mauro Mendes, a entrega da obra representa uma virada histórica na saúde pública de Mato Grosso.