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ARTE E POESIA

Exposições no Museu da Caixa D’Água Velha que exploram fé, memória e pertencimento

Da Redação

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O fotógrafo e produtor cultural Hion Di Carvalho retorna ao Museu da Caixa D’Água Velha, em Cuiabá, com duas exposições que unem espiritualidade, natureza e memória afetiva: “Raízes da Minha Cidade” e “Paraísos na Terra Mantuana”, abertas nesta segunda-feira (20) e em cartaz até 28 de novembro. As mostras, realizadas pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura (SDTA), reafirmam o papel do espaço como um museu vivo, que conecta arte, fé e reflexão social.

Em “Raízes da Minha Cidade”, Hion revisita as praças cuiabanas e suas árvores centenárias, que resistem entre o tempo e o descuido urbano. “Elas continuam as mesmas, só que depredadas. Falta cuidado, manutenção. Quis mostrar o valor das nossas árvores e provocar uma reflexão sobre o quanto a urbanização vem apagando a identidade verde da cidade”, diz o artista, que complementa a exposição com sons de pássaros, lembrança dos tempos em que o Morro da Caixa D’Água ainda era refúgio da natureza.

As 20 fotografias são acompanhadas por poemas da escritora Janete Manacá, que transformam o olhar documental em lirismo. “Hion não fotografa apenas a árvore, ele fotografa a alma das plantas”, define a poetisa. “Quando vi as imagens, chorei. Escrevi tomada por esse impacto, porque a raiz da terra, da memória e da alma estão todas interligadas. Quando uma árvore cai, cai também um pedaço do futuro das crianças”.

Já em “Paraísos na Terra Mantuana”, o fotógrafo volta-se ao sagrado e reinterpreta o nascimento de Jesus a partir de elementos da cultura cuiabana e pantaneira. “Desde criança, a fé faz parte da minha vida. Venho de uma família ligada às festas religiosas, e quis trazer esse sentimento para a arte”, conta Hion. A série “Manjedoura”, núcleo da exposição, recria a cena do nascimento de Cristo com referências locais, como forma de unir o divino ao cotidiano. “Quero resgatar o verdadeiro espírito natalino, mostrando que o sagrado também habita o simples”, resume o artista.

Para Taís Nishimura, coordenadora do Museu da Caixa D’Água Velha, “as exposições enriquecem o espaço com beleza e reflexão, misturando educação ambiental, fé e poesia”. Visitantes de outros estados, como os brasilienses Simon Nascimento e Shayla Cristine, também se disseram tocados pelas obras. “A arte dele faz a gente pensar sobre o que estamos perdendo e sobre o que ainda pode florescer”, observou Simon.

As exposições ficam abertas à visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, até 28 de novembro, no Museu da Caixa D’Água Velha, localizado na rua Comandante Costa, região sul do Centro de Cuiabá.

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