CRISE HÍDRICA
Várzea Grande proíbe uso de água para lavar calçadas e encher piscinas durante estado de calamidade
Kamila Araújo
Durante a vigência do decreto de calamidade pública, publicado nesta terça-feira (21) pela Prefeitura de Várzea Grande em razão da crise hídrico vivenciada pelo município, está proibido o uso da água para atividades não essenciais, como encher piscinas ou lavar fachadas, calçadas, muros, pisos e veículos com mangueiras.
A medida foi estabelecida dentro do decreto que declara estado de calamidade pública no município em razão da crise no abastecimento de água potável, agravada pela estiagem prolongada que atinge toda a região metropolitana de Cuiabá.
De acordo com o documento, as restrições visam garantir o uso racional e prioritário da água para consumo humano e atividades indispensáveis à saúde e ao bem-estar da população.
Exceções e campanhas educativas
As restrições não se aplicam às ações executadas pela Administração Pública, quando destinadas a fins de saúde pública, manutenção de áreas públicas ou irrigação mínima de jardins e canteiros municipais.
O decreto também determina que os órgãos competentes promovam campanhas educativas de conscientização sobre o uso responsável e racional da água, podendo inclusive restringir o fornecimento aos usos considerados essenciais.
Contexto da crise hídrica
O estado de calamidade foi decretado para permitir ações emergenciais que garantam o abastecimento mínimo nos bairros mais afetados pela falta d’água. Segundo o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), a medida possibilita agilidade nas contratações e obras de manutenção, especialmente na Estação de Tratamento de Água Cristo Rei, uma das mais sobrecarregadas do município.
Duração e monitoramento
O decreto tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme avaliação técnica do Comitê de Gestão de Calamidade Pública. Durante esse período, a Prefeitura e o DAE manterão ações emergenciais e campanhas educativas voltadas à economia de água e ao combate ao desperdício.