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VAREJISTAS PREJUDICADAS

Grupo investigado por fraudes digitais causou prejuízo milionário a empresas como Amazon, Uber e Magazine Luiza

Da Redação

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Empresas internacionais e grandes plataformas digitais, como Amazon, Uber, 99, Magazine Luiza e RecargaPay, estão entre as vítimas de um grupo criminoso investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso por envolvimento em fraudes digitais que causaram um prejuízo estimado em R$ 6 milhões. Os crimes foram cometidos ao longo de dois anos, entre 2023 e 2025, por meio da comercialização de dados sensíveis e do uso de ferramentas para golpes online em diversos estados do país.

A investigação é conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) e, nesta terça-feira (21), resultou na deflagração da terceira fase da Operação Código Seguro, com o cumprimento de 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá. No total, seis pessoas foram presas.

As ordens incluem sete mandados de prisão, 15 de busca e apreensão, 15 de afastamento telemático, além do sequestro de valores que ultrapassam R$ 5,9 milhões. A Justiça também determinou a remoção de três sites, sete canais no Telegram e um grupo no WhatsApp usados pela organização criminosa para aplicar os golpes.

Segundo o delegado Gustavo Godoy, responsável pela investigação, o grupo utilizava senhas de servidores da Polícia Civil de Mato Grosso, obtidas de forma fraudulenta, para acessar sistemas do Denatran e adulterar dados de veículos roubados.

“Sim, foi apurado. Não tem nenhum tipo de envolvimento de servidores a título de dolo. Talvez um descuido. Tanto que, por conta disso, o próprio sistema da Polícia Civil passou a adotar medidas adicionais para impedir acessos indevidos, mesmo que a senha vaze ou seja perdida”, afirmou o delegado.

De acordo com ele, os criminosos acessavam remotamente, a partir de São Paulo, informações sobre chassis e registros veiculares em Mato Grosso, cruzando dados para validar veículos e aplicar adulterações.

“Eles pegavam, por exemplo, um Gol 1.0 branco, modelo 2020, e buscavam um chassi semelhante de um carro que não fosse roubado. Depois faziam a remarcação para revender como se fosse regular”, explicou.

Godoy relatou que, apesar do alto número de vítimas e do prejuízo causado, algumas das grandes empresas afetadas não colaboraram com as investigações. “Infelizmente, acredito que para eles não compense levar isso à frente. O lucro dessas empresas é tão grande que isso acaba sendo uma gota no oceano. Mas o nosso dever é combater o crime, independentemente do interesse da vítima”, destacou.

Apesar disso, a Polícia Civil estima que milhares de pessoas foram lesadas, embora não tenha sido possível determinar o número exato de vítimas.

“Foram milhares de golpes praticados. Isso a gente pode ter certeza. Mas, infelizmente, não conseguimos mensurar a quantidade específica”, afirmou.

As investigações apontam que o grupo movimentou cerca de R$ 6 milhões entre 2023 e 2025, utilizando diversas táticas de fraude, incluindo a venda de dados sigilosos, uso de identidades falsas, e lavagem de dinheiro com criptomoedas.

As ações desta terça-feira representam mais um passo no desmantelamento da rede, que, segundo a Polícia, estava pulverizada em diversos estados brasileiros e mantinha uma estrutura organizada para praticar crimes cibernéticos em larga escala.

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