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“Haverá uma grande dissidência no PL de Mato Grosso”, diz Júlio Campos sobre exclusão de Wellington Fagundes
Da Redação
O ex-governador e deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) se manifestou nesta terça-feira (22) sobre a decisão do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso de caminhar ao lado do Republicanos e apoiar o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa pelo Palácio Paiaguás em 2026. Para o parlamentar, a escolha pode gerar forte divisão interna no PL, especialmente pelo que considera um “escanteamento” do senador Wellington Fagundes, histórico nome da legenda no estado.
“Temos certeza de que haverá uma dissidência muito grande dentro do PL de Mato Grosso em relação a essa decisão de deixar de lado uma possível candidatura própria, como a do senador Wellington Fagundes”, afirmou Júlio Campos.
O deputado ressaltou a longa trajetória de Fagundes no partido, destacando que sua filiação remonta a 1990. “São 35 anos de história, de dedicação à sigla. É natural que exista resistência dentro da própria base partidária diante dessa exclusão.”
Júlio também reforçou que o União Brasil ainda não definiu formalmente sua posição para a eleição estadual, mas que há um movimento consistente entre suas lideranças, prefeitos e filiados pela construção de uma candidatura própria ao Governo do Estado. O nome defendido internamente, diz ele, é o do senador Jayme Campos, que já governou Mato Grosso, mas é Otaviano Pivetta que tem o apoio pessoal do governador Mauro Mendes.
“No União Brasil, estamos trabalhando pela candidatura do senador Jayme Campos ao governo e também por candidatura própria ao Senado, com o nome do governador Mauro Mendes. Essa proposta já tem o conhecimento e, em princípio, a concordância da cúpula partidária”, pontuou.
Segundo o parlamentar, a estratégia é legítima, especialmente considerando que a eleição será em dois turnos. “Temos um partido com cerca de 60 prefeitos e mais de 300 vereadores. Por que não lançar candidatura própria? No segundo turno, discutiremos composições. Mas o primeiro turno é o momento de afirmar a força política da sigla”, concluiu.