ALVO DE OPERAÇÃO
Quadrilha usava robôs para clonar cartões de crédito em nove estados
Thalyta Amaral e Nickolly Vilela
A quadrilha alvo da Operação Código Seguro, deflagrada na manhã desta terça-feira (21), utilizava um robô para clonar cartões de crédito nos nove estados onde ocorriam as fraudes. A informação foi revelada pelo delegado Gustavo Godoy Alevado, responsável pelas investigações.
Segundo a ação policial, o grupo criminoso começou acessando informações de Detrans para “esquentar” placas de carros e motos roubados, mas ampliou sua atuação no mundo do crime com fraudes em aplicativos de transporte, recarga de celular e clonagem de cartões.
“Qualquer cartão de crédito tem 16 dígitos. Quando você pega os seis primeiros dígitos, é o que eles chamam de BIN. (…) A partir desses seis primeiros dígitos, você tem quase uma impressão digital do cartão de crédito. E esse robô pegava, a partir dos seis primeiros dígitos, e ia fazendo tentativas de compras em sites que não tinham muita segurança (…) E assim ele ficava fazendo diversas tentativas, de modo que identificasse os 16 dígitos válidos de um cartão”, explicou o delegado.
“Depois que tivesse esses 16 dígitos válidos, o próprio robozinho tentava fazer aquele chamado CVV, que são os três dígitos que ficam atrás do cartão, até a hora em que esse cartão passava. A hora que esse cartão passava, ele fazia um teste, uma compra de R$ 1. Esse cartão passava, era aprovada a compra, então esse cartão era válido, era apto para ser vendido nos sites que eles tinham”, informou ainda Alevado.
O delegado também enfatizou que o sistema era bem estruturado e utilizava tecnologia avançada. “Era uma fraude bem sofisticada, dependia de um conhecimento muito grande de informática. E, com isso, com esses cartões, essa organização criminosa auferia lucro de duas formas.”


