Goleiro do Cuiabá processa clube e pede rescisão indireta

O goleiro Arthur Bittencourt, de 28 anos, entrou com uma Reclamação Trabalhista contra o Cuiabá Esporte Clube na Justiça do Trabalho, pedindo a rescisão indireta do contrato. A ação foi protocolada no dia 9 de outubro, na 3ª Vara do Trabalho de Cuiabá, onde a defesa do jogador aponta um afastamento supostamente indevido, além de atraso de dois meses de salário.

Emprestado pelo Azuriz-PR até novembro de 2025, com salário de R$ 18 mil e auxílio-moradia de R$ 5 mil, o goleiro afirma ter sido afastado dos treinos do elenco principal no dia 10 de agosto, por determinação da diretoria, e obrigado a trabalhar em horários e locais diferentes dos demais atletas.

Segundo a defesa, o afastamento durou cerca de dois meses e isso configuraria assédio moral, por supostamente ter impedido o jogador de exercer a profissão em condições normais. O pedido se baseia no artigo 483 da CLT e no artigo 90 da Lei Geral do Esporte, que prevê rompimento contratual em caso de inadimplência superior a dois meses.

O advogado do jogador Filipe Rino, afirma que o clube quitou os salários apenas após ser notificado da ação, o que, segundo ele, não impede a rescisão.

Na ação, Arthur pede o pagamento de salários e encargos atrasados, férias e 13º proporcionais, FGTS com multa de 40%, cláusula compensatória e indenização por danos morais, totalizando R$ 175,8 mil.

A diretoria do Cuiabá informou que ainda não foi citado oficialmente e, por isso, não vai se manifestar sem antes ter acesso aos autos da Reclamação Trabalhista.

Arthur chegou ao clube no início de 2025, foi relacionado para várias partidas, mas ainda não estreou, porém ainda está no site oficial do clube constando ser do elenco. Antes do Dourado, defendeu Londrina, Coritiba, Mirassol e CRB, além do Azuriz-PR.