Mulher leva boneca “reborn” para atendimento médico em UPA de Várzea Grande

Uma situação inusitada movimentou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, em Várzea Grande, na tarde deste domingo (26). Uma mulher compareceu ao local com uma boneca do tipo “bebê reborn”, conhecida por seu aspecto extremamente realista, e insistiu que o “bebê” fosse examinado por um médico, alegando que o brinquedo estaria “gripado”.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a mulher acompanhava uma paciente em consulta e aproveitou a ocasião para solicitar o atendimento à boneca. A médica pediatra chegou a observar o objeto, mas esclareceu que não seria possível realizar o procedimento por se tratar de um boneco sem registro civil ou cartão do SUS, requisito básico para qualquer atendimento na rede pública.

Inconformada, a mulher deixou a unidade visivelmente irritada.

Em nota oficial, a coordenação da UPA Ipase confirmou o episódio e reforçou que o atendimento médico é destinado exclusivamente a pacientes reais. “A equipe médica verificou que se tratava de um bebê reborn e explicou à acompanhante que não seria possível realizar o atendimento. A Superintendência das UPAs de Várzea Grande reforça que os serviços devem priorizar quem realmente necessita de cuidados médicos, evitando prejuízos à assistência da população”, informou o comunicado.

Projeto proíbe atendimento a bonecas em Cuiabá

O caso repercutiu entre os profissionais de saúde e nas redes sociais, especialmente por ocorrer poucos dias após a Câmara Municipal de Cuiabá ter anulado a votação de um projeto de lei que proíbe o atendimento de bonecas “reborn” nas unidades de saúde da capital.

A proposta, de autoria do vereador Rafael Ranalli (PL), prevê multa de até R$ 10 mil a unidades reincidentes e responsabilização de profissionais que realizem atendimentos desse tipo. O parlamentar defende que a medida é necessária para evitar o uso indevido de recursos públicos e garantir que o SUS seja destinado apenas a pessoas reais.