REUNIÃO NA MALÁSIA
Jayme Campos destaca importância do encontro entre Lula e Trump:”Brasil não é um país qualquer”
Da Redação
O senador Jayme Campos (União Brasil) avaliou o recente encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que discutiu a tentativa de eliminação das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, como a carne bovina. Para Campos, a atitude de ambos os líderes foi uma medida necessária e um sinal de responsabilidade.
“É o mínimo que se tem que fazer quando o cidadão tem um mínimo de responsabilidade. Isso é o que se espera de um estadista”, afirmou o senador, destacando que a relação entre os dois países deveria ser tratada de maneira mais respeitosa, considerando a posição do Brasil como uma das maiores economias do mundo. “O Brasil já é a sétima ou oitava maior economia do planeta, com uma população de quase 220 milhões. Os Estados Unidos têm 320 milhões. E o que os Estados Unidos queriam fazer com o Brasil era um verdadeiro massacre”, completou.
Campos frisou que, embora o Brasil tenha sua soberania, foi necessário que tanto Trump quanto Lula se sentassem à mesa para discutir soluções de maneira civilizada e estratégica, reconhecendo o peso da parceria entre as duas nações. “O Brasil não é um país qualquer. Fornecemos produtos essenciais que os Estados Unidos não produzem, como o suco de laranja, o café e, claro, a carne. Eles sentiram o impacto dessa tarifa.”
O senador detalhou como a tarifa imposta por Trump afetou os preços dos produtos no mercado americano. “Um bife que antes custava cerca de 20 dólares passou para 26 dólares. O suco de laranja, que antes custava 10 reais, subiu para 15 reais. O americano sentiu no bolso, e isso é prova real de que as tarifas estavam pesando para eles também”, explicou.
Campos também abordou a importância do Brasil em setores além da agricultura, como o minério e as terras raras. “Os Estados Unidos dependem do nosso minério, e o Brasil é o segundo maior produtor de terras raras do mundo, atrás apenas da China. Se fizermos a pesquisa completa em nosso território, poderemos até superar a China”, afirmou o senador, destacando o potencial estratégico do Brasil no mercado global.
Quando questionado sobre as especulações em torno do encontro, que incluíram uma troca de cumprimentos e até felicitações de Trump a Lula, Campos afirmou que a aproximação entre os líderes não deve ser vista como um movimento político, mas sim como um passo importante para o fortalecimento da cooperação entre os dois países. “O que vemos agora são dois líderes de porte, pessoas inteligentes e sábias, que estão buscando o bem comum das suas populações. Essa aproximação é importante para criar um ambiente de paz, diálogo e entendimento”, disse.
Ao concluir, o senador destacou que, embora o encontro possa ter gerado especulações políticas, o foco deve ser o futuro da relação Brasil-EUA e os benefícios dessa aliança para ambos os países. “Precisamos de união, de paz, de diálogo. Só assim conseguiremos construir um futuro melhor tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos”, concluiu.


