NA ESPERA
Boava evita declarar apoio a Pivetta e diz que aguardará decisão nacional do PL sobre disputa ao governo
Kamila Araújo
O empresário e pré-candidato a deputado federal Tiago Boava (PL), viúvo da deputada Amália Barros (PL), evitou cravar apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa pelo governo de Mato Grosso. Apesar de reconhecer a relação de amizade com Pivetta, Boava afirmou que irá aguardar a decisão da executiva nacional do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro antes de se posicionar oficialmente sobre a eleição majoritária no estado.
“Eu sou amigo pessoal do senhor Otaviano Pivetta, mas a gente tem que aguardar a definição do partido, a indicação do presidente Bolsonaro e do presidente Valdemar. Isso vem de Brasília. Até agora não teve nada definido, nada que diga que é pra apoiar esse ou aquele candidato”, declarou o pré-candidato.
A fala de Boava ocorre em meio à disputa interna no PL sobre o rumo do partido na eleição estadual de 2026. Enquanto parte dos líderes locais manifesta simpatia pela candidatura de Pivetta — apoiado pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) —, outra ala do partido, liderada pelo senador Wellington Fagundes (PL), trabalha para consolidar um projeto próprio ao governo.
Questionado sobre o posicionamento do ex-presidente Bolsonaro e do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que na semana passada externou simpatia a uma aliança com Pivetta, Boava reforçou que a decisão será nacional, cabendo aos diretórios estaduais apenas acatar a orientação da sigla.
“Temos que respeitar as posições do senador Wellington Fagundes e do vice-governador Pivetta, mas essa definição virá de Brasília. Não há nenhuma comunicação oficial sobre apoio ainda”, frisou.
Boava também disse que não tem mantido conversas recentes com o entorno de Bolsonaro sobre a política mato-grossense.
“Estou há alguns dias em Mato Grosso, não estive em Brasília e não conversei com ninguém sobre essa questão do estado. Ainda não sei dizer qual será a posição final”, completou.
O pré-candidato, que herdou a base política e o legado de Amália Barros, tem sido sondado para representar o bolsonarismo na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, mas evita se envolver diretamente nas articulações estaduais até que o PL nacional defina sua estratégia eleitoral em Mato Grosso.


