SEM CHANCE DE PLEBISCITO
“Chicote que bate em Chico, bate em Francisco”, diz Fábio Garcia ao rechaçar plebiscito no União
Kamila Araújo
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), rechaçou a proposta de realizar um plebiscito interno no partido para definir se a sigla lançará candidatura própria ao governo do Estado, com o senador Jayme Campos como cabeça de chapa, ou se apoiará o projeto de Otaviano Pivetta (Republicanos) nas eleições de 2026.
Fábio ironizou a sugestão dada pelos irmãos Campos, lembrando que não houve consulta interna quando ele foi preterido na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, em 2024, quando o partido optou por apoiar Eduardo Botelho, então presidente da Assembleia Legislativa.
“Eu queria que fosse a mesma regra de quando disputamos a Prefeitura de Cuiabá. Naquela época, eu não tive votação interna. Então, como se diz: chicote que bate em Chico, bate em Francisco”, disparou o secretário nesta quinta-feira (30).
Vale lembrar, inclusive, que Botelho contou, à época, com o apoio tanto de Jayme quanto de Júlio Campos, figuras históricas do grupo político que hoje defende candidatura própria ao governo.
Porta aberta para o Senado, não para o governo
Apesar de reconhecer a importância política de Jayme Campos, Fábio Garcia disse que o partido nõa deve interferir na decisão dele de deixar ou não o União Brasil, e lembra que o partido já ofereceu a ele a vaga na chapa para disputar a reeleição.
“Jayme é um grande senador, uma liderança respeitada, e o União Brasil quer tê-lo. Nós já dissemos, em alto e bom som, que a vaga ao Senado está à disposição dele, que é o caminho natural. Para o governo, a porta está fechada”, disse.
Questionado se as portas para a disputa ao governo estão fechadas, Fabio desconversa, mas cita a lei da reciprocidade. “Essa é uma decisão do partido, não minha. Governamos Mato Grosso por oito anos com o apoio de várias siglas, e não vejo problema em o União Brasil também apoiar outro projeto, como o do Pivetta, que sempre esteve ao nosso lado”, afirmou.


