VAI RESOLVER O QUE?
Mendes critica PEC da Segurança e cobra mais ação do governo federal no combate ao crime organizado
Da Redação
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou nesta sexta-feira (31) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal. Para o gestor, a proposta é “mais do mesmo” e não enfrenta os reais problemas da segurança no país.
“A PEC da Segurança, da forma como foi apresentada, é mais do mesmo. Não precisa de uma emenda constitucional para dizer que Estados e União vão cooperar. Todos já estão dispostos a cooperar. O que não pode é o governo federal querer controlar a segurança dos Estados sem pagar a conta. Isso não tem cabimento”, afirmou Mendes.
O governador destacou que a maior parte dos investimentos em segurança pública é bancada pelos próprios estados e que, em Mato Grosso, os recursos federais representam apenas uma fração do total aplicado.
“Quem paga a conta da segurança em Mato Grosso são os mato-grossenses. Os investimentos da União aqui são muito menores do que os feitos com o dinheiro do nosso povo”, disse.
Mauro Mendes voltou a defender mudanças no sistema penal e processual brasileiro, cobrando penas mais rígidas e o fim da sensação de impunidade.
“Hoje, a impunidade tomou conta do país. Bandido acha que não vai acontecer nada, e até pessoas comuns, em um momento de fúria, cometem crimes acreditando que ficarão impunes. Precisamos de leis mais duras, que façam o cidadão pensar duas, três, dez vezes antes de cometer um crime”, afirmou.
O governador ressaltou, ainda, que o debate sobre segurança pública deve ser feito com seriedade e sem ideologias partidárias, defendendo que o governo federal e o Congresso Nacional promovam uma discussão ampla com a sociedade.
“Não quero transformar esse tema em uma disputa política. Segurança pública é assunto sério. O governo federal tem uma visão, eu tenho outra, mas estamos em um Estado democrático de direito. É preciso debater com transparência e buscar soluções reais, não apenas discursos”, concluiu Mendes.


