POLÊMICA
Max vê presença de desembargadores como legítima e afasta pressão sobre votação de reajuste a servidores
Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), comentou na manhã desta quarta-feira (5) a presença de desembargadores do Tribunal de Justiça na Casa de Leis, durante a sessão que previa a segunda votação do projeto de reajuste salarial de 6,8% para os servidores do Poder Judiciário.
O projeto, de autoria do Tribunal de Justiça, gerou debate após manifestações contrárias do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, que alertou para o impacto financeiro da medida nas contas do Estado. Durante encontro recente no Tribunal de Contas (TCE-MT), Gallo classificou a situação como “difícil” diante da aprovação da proposta.
Segundo Max Russi, o projeto ainda está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Está na CCJ o projeto, está tendo uma reunião agora. Se o parecer for concluído, ele entra na pauta para votação hoje. Mas ainda cabe pedido de vista, então não há como garantir que a votação ocorra de fato neste dia”, explicou.
Questionado sobre a presença dos desembargadores no Parlamento, o presidente avaliou a movimentação como legítima. “Não vejo como pressão. Faz parte do processo. É um projeto de interesse do Poder Judiciário, que foi encaminhado à Assembleia, e é natural que eles venham conversar, pedir apoio e acompanhar a tramitação”, afirmou.
Russi destacou que não há qualquer orientação direta do Governo do Estado para barrar a aprovação. “A gente tem escutado manifestações pela imprensa, do secretário Fábio Garcia, do secretário Rogério Gallo e até do próprio governador, mas não há um trabalho específico junto aos deputados. A decisão é da Assembleia. Depois, o projeto segue ao Executivo, que pode sancionar ou vetar, e, em caso de veto, retorna à Casa para nova análise”, disse.



