PRINCIPAL É O APOIO DO POVO
Mendes diz que apoio do PL e de Bolsonaro é importante, mas não imprescindível
Nickolly Vilela
O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (17) que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e do PL é bem-vindo, mas não decisivo para o sucesso de uma candidatura. Segundo ele, alianças partidárias são importantes, mas a vitória nas urnas depende principalmente da conexão direta com o eleitor.
Ele lembrou que, em 2018, o próprio Bolsonaro foi eleito presidente da República sem o apoio de grandes partidos, grupos econômicos ou da imprensa tradicional, sustentando sua candidatura diretamente na conexão com os eleitores.
“Todo apoio é importante, mas não é imprescindível. Se fosse, Bolsonaro não teria sido eleito. Ele se conectou diretamente com o cidadão e venceu mesmo sem estrutura partidária ou apoio político relevante”, enfatizou o gestor municipal fazendo referência a candidatura de Otaviano Pivetta ao governo do Estado no pleito do próximo ano.
O governador destacou que a principal força de qualquer campanha está na sintonia com o eleitorado, e não apenas em alianças formais.
“O que realmente importa é a capacidade de dialogar com as pessoas e representar o que a sociedade quer naquele momento. Foi isso que fez Bolsonaro vencer em 2018 e é o que define qualquer candidatura vitoriosa”, completou.
Questionado se pretende seguir a mesma estratégia do ex-presidente, Mendes desconversou. “Primeiro é preciso decidir se serei candidato. Depois, definimos as estratégias”, disse.
O ex-presidente já declarou apoio à candidatura de Mendes ao Senado e demonstrou simpatia pelo nome de Pivetta para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026. Nos últimos dias, porém, surgiram especulações de que o apoio poderá ser revisto após o embate público entre o governador e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.
A troca de críticas entre Mendes e Eduardo ganhou destaque nacional, com declarações diretas e vídeos divulgados nas redes sociais e em veículos de imprensa, ampliando o desgaste entre os dois grupos políticos.


