XADREZ ELEITORAL
Nilson Leitão vai assumir comando do PP em Mato Grosso; Paulo Araújo migra para o PRD
Kamila Araújo
O ex-deputado federal Nilson Leitão deve deixar o PSDB para se filiar ao Progressistas (PP) e assumir a presidência estadual da sigla em Mato Grosso. A informação foi confirmada pelo atual dirigente do partido, deputado estadual Paulo Araújo, que deixará o cargo e também o partido para se filiar ao PRD, legenda pela qual disputará a reeleição em 2026.
Segundo Araújo, a articulação foi conduzida pelo ex-senador Cidinho Santos (PP), que atua nos bastidores para fortalecer a base política do governador Mauro Mendes (União Brasil). O movimento faz parte de uma estratégia mais ampla do grupo governista, que busca redistribuir lideranças com potencial eleitoral entre os partidos aliados.
“Confirmado, confirmadíssimo. A vinda do Nilson foi costurada principalmente pelo senador Cidinho Santos. Ele é muito bem-vindo ao partido, tem experiência, trânsito em Brasília e uma grande capacidade de articulação”, afirmou Araújo.
Além de comandar o PP, Leitão deve disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições do próximo ano. Ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e ex-prefeito de Sinop, Leitão é considerado um dos nomes de maior peso político do grupo ligado ao agronegócio.
Saída de Paulo Araújo e reforços no PRD
Paulo Araújo explicou que sua saída da presidência do PP se deve a um conflito de interesses entre a função de dirigente e a condição de pré-candidato. “A gente precisa de alguém que dê esse sprint final. A chapa de federal está praticamente montada, com bons nomes. Saio com o coração partido, mas é uma decisão necessária”, disse.
O deputado confirmou que irá para o PRD, partido que também deve receber novos nomes da base aliada, entre eles o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, Allan Kardec (PSB), que deve concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Novo arranjo político
Com a chegada de Nilson Leitão, o PP deve reforçar sua presença nas articulações nacionais e estaduais, ampliando o espaço do grupo de Mauro Mendes no Congresso. A expectativa é de que a movimentação fortaleça a base do governo em Mato Grosso e reorganize o tabuleiro político de olho no pleito de 2026.


