Abílio diz que Lula ‘cedeu’ à pressão e espera reação da militância após proibição da linguagem neutra

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou que aguarda uma reação da militância de esquerda após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar a norma que proíbe o uso de linguagem neutra em órgãos públicos federais. Segundo ele, figuras como os deputados Lúdio Cabral (PT) e Edna Sampaio (PT) devem criticar o governo por contrariar grupos que defendem a pauta. “Estou esperando os protestos do Psol, do Lúdio, da Edna, do PT”, ironizou.

Abílio afirmou que Lula “cedeu” à pressão do Congresso Nacional e tomou uma decisão que, segundo ele, já havia sido adotada em Cuiabá. “Provavelmente o Lula está mais preocupado com a eleição dele agora, menos com a militância. Está dando uma pedalada na militância e sancionou o projeto por causa da pressão do Congresso”, declarou.

O prefeito relembrou que acompanhou a tramitação da proposta quando ainda era deputado federal. “Esse projeto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado. Começou com uma linguagem simples, eu estava lá, fiz parte desse projeto. A votação na Câmara Federal eu participei e votei naquela época”, disse.

Ele também ironizou que a sanção poderia gerar cobranças até de conselhos municipais ligados à esquerda. “Estou esperando o abaixo-assinado do pessoal no Conselho da Saúde, reclamando que o Lula é uma pessoa que não querem mais, porque foi contra a linguagem neutra”, afirmou.

Abílio disse ainda que considera ter sido pioneiro na decisão de barrar a linguagem neutra na administração pública. “Eu fui o primeiro a tomar essa decisão. Apareceu um monte de crítica, mas agora o resultado está aí: o Lula cedeu”, concluiu.