CAMPO ELEITORAL
Senador José Lacerda evita descartar Jayme Campos e diz que “tudo pode mudar” nas articulações para 2026
Nickolly Vilela
Recém-empossado no Senado no lugar de Margareth Buzetti, José Lacerda (PSD) afirmou que o futuro do senador Jayme Campos nas eleições de 2026 ainda não está definido e que as articulações internas do partido seguem em aberto. Segundo ele, “a arte da política” permite rearranjos até a reta final das negociações e Jayme, apesar de estar em outra sigla, não está totalmente descartado do projeto.
“Os acordos que forem feitos no final é que vão prevalecer. Pode mudar? Pode mudar. Nós estamos tratando internamente, isso é decisão do partido. Eu respeito o estatuto, não coloco minha vontade pessoal acima dele”, declarou Lacerda ao ser questionado sobre o papel de Jayme Campos em uma possível chapa PSD e União Brasil.
Ao comentar a pré-candidatura da médica Natasha Slhessarenko, lançada pelo PSB ao Governo de Mato Grosso, Lacerda defendeu a importância de cada sigla apresentar nomes competitivos. “Todo partido tem que ter candidato. Se ganha ou se perde faz parte da democracia”, disse. Ele reforçou que a escolha de Natasha é uma decisão interna e que o PSD irá trabalhar para viabilizar o projeto.
O senador destacou ainda o desempenho do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, classificado por ele como um dos principais quadros do partido. Segundo Lacerda, Fávaro tem obtido resultados expressivos, como a abertura de 462 novos mercados internacionais para produtos brasileiros, trabalho conduzido em parceria com o secretário-executivo Irajá Lacerda.
Questionado sobre o desafio de defender Fávaro em um dos estados mais bolsonaristas do país, Lacerda minimizou o contraste ideológico. Para ele, o fato de parte do eleitorado apoiar Bolsonaro e outra parte apoiar Lula faz parte do jogo democrático. “Isso é normal. Os entendimentos políticos e as políticas de resultado é que vão trazer benefício para a sociedade”.
Lacerda reforçou que decisões políticas precisam ser tomadas com responsabilidade: “Uma decisão política correta beneficia milhares de pessoas, e uma incorreta prejudica milhares”.


