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Quando a arte se torna política pública e transforma Vidas

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CULTURA QUE ENSINA, EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA. Mais do que um slogan bonito, essa frase traduz a essência de uma política pública que tem modificado realidades e reposicionado Mato Grosso no mapa da educação brasileira. O Festival Educarte, cuja edição 2025 foi aberta no Allure Music Hall, em Cuiabá, não é um evento isolado, é a materialização de uma visão que entende a arte como ferramenta de desenvolvimento humano.

Em um país onde a educação artística costuma ser tratada como ornamento, Mato Grosso aponta um caminho oposto: aqui, a arte é eixo, método e propósito. O Educarte nasce para mostrar que, quando o Estado entende a potência cultural como elemento estruturante do ensino, as transformações deixam de ser retóricas e passam a ser vividas no cotidiano escolar.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, afirma que o Educarte surgiu como “vitrine de talentos”. E está correto. Mas trata-se também de algo maior: um projeto que integra arte, cultura e formação cidadã em uma arquitetura pedagógica rara na gestão pública. O festival não existe para “ocupar palco”; existe para formar pessoas.

Quando Porto ressalta o poder da voz, da expressão e da criatividade como caminhos para o futuro, ele aponta para uma verdade incontornável: educação não é apenas transmissão de conteúdo, é experiência, sensibilidade, pertencimento. A arte humaniza, amplia horizontes e fortalece a autoconfiança dos estudantes. Em tempos de tensões sociais e desafios tecnológicos, desenvolver pensamento crítico e sensibilidade é tão urgente quanto alfabetizar.

Projetos grandiosos não se sustentam sem equipes comprometidas. E o Educarte é resultado de um trabalho técnico minucioso, conduzido por profissionais que raramente ocupam os holofotes, mas sustentam o projeto com dedicação. O empenho do Produtor Cultural e Músico, Fábio Lima e da professora Mestre em Artes, Elisabete Rodrigues é exemplo desse bastidor que faz o festival acontecer, com planejamento, sensibilidade pedagógica e compreensão profunda do papel da cultura no desenvolvimento estudantil.

Da mesma forma, é impossível ignorar o suporte político e institucional. O governador Mauro Mendes e o vice-governador Otaviano Pivetta têm garantido não apenas recursos, mas prioridade. E políticas públicas só ganham corpo, quando há vontade política somada à competência técnica.

Entre os 56 trabalhos selecionados na edição deste ano, a obra do jovem Rafael Wilkert, de 15 anos, impressiona. Sua tela, uma representação de “natureza pura” — revela maturidade artística e sensibilidade pouco comum para alguém de sua idade. O reconhecimento dado por Alan Porto reforça um ponto essencial: a arte é linguagem universal e, por meio dela, adolescentes dizem ao mundo quem são e o que veem.

Histórias como a de Rafael demonstram que a escola pública é, sim, um território fértil de talentos. Quando o Estado oferece estrutura, acompanhamento e estímulo, a criatividade floresce — e vidas são transformadas.

Seriedade é outro pilar do Educarte. A seleção das obras passa por uma banca composta por artistas, professores universitários, músicos, diretores e ilustradores, um corpo avaliador que confere legitimidade e profissionalismo ao processo. Isso transforma o festival não em uma competição superficial, mas em um espaço formativo robusto.

Os investimentos, como os R$ 30 mil em premiação e os R$ 45 mil destinados às fanfarras, demonstram que o Estado não aposta apenas no momento da apresentação, mas na continuidade da prática artística nas escolas. E continuidade é o que transforma projetos em políticas públicas de impacto.

A essa altura, é evidente que o Educarte deixou de ser projeto pontual. Já se consolidou como política de Estado e isso exige zelo. Cabe ao poder público garantir sua permanência, expansão e institucionalização, para que futuras gestões o fortaleçam, em vez de reinventar o que funciona.

O festival reúne cultura, educação, inclusão social e oportunidade. E devolve aos estudantes algo que nenhum orçamento substitui: pertencimento. A certeza de que seus talentos têm espaço, voz e valor.

O Educarte é prova de que, quando gestão, técnica e sensibilidade se encontram, a educação pública floresce. Ele demonstra que a arte não é luxo, é ferramenta pedagógica, estratégia social e política pública transformadora.

Se a educação é o alicerce, a arte é a ponte. E o Educarte está mostrando que essa ponte é larga, democrática e cheia de possibilidades.

Mato Grosso entendeu algo que o Brasil precisa aprender: quando a arte entra pela porta da escola, o futuro também entra.

Alex Rufino da Silva, Professor, Gestor Educacional e Jornalista

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