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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Maggi defende que direita apresente candidato para 2026: “Se não organizar agora, não ganha a eleição”

Kamila Araújo

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O ex-governador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a direita brasileira já deveria ter definido um nome para disputar a Presidência da República em 2026, diante da impossibilidade jurídica e política do ex-presidente Jair Bolsonaro participar do pleito. Segundo ele, insistir em esperar uma reversão para Bolsonaro é “perda de tempo” e coloca o campo conservador em desvantagem eleitoral.

“A direita precisa se organizar, ter um candidato, ter agenda e botar para correr. Senão não ganha a eleição”, disse Maggi.

Ele afirmou que, desde o início do processo judicial contra Bolsonaro, nunca enxergou chance concreta de o ex-presidente retornar à disputa presidencial. “Eu não vi em nenhum momento a possibilidade de reversão para ele voltar a disputar. Pelo menos não agora”, completou.

Maggi afirmou que parte do atraso na definição de um nome decorre da influência simbólica que Bolsonaro ainda exerce sobre governadores e lideranças conservadoras. Para ele, muitos políticos evitam se movimentar por receio de desagradar a base bolsonarista.

“Quando saiu a prisão do Bolsonaro, os políticos aqui de Mato Grosso, exceto os petistas, ficaram todos solidários. Não é solidariedade a ele, é medo de perder votos do entorno bolsonarista”, analisou.

Segundo ele, governadores como Tarcísio de Freitas acabam “pisando em ovos” por receio de romper com esse eleitorado. “É difícil. O Bolsonaro o elegeu em São Paulo. Isso faz diferença na hora de se posicionar”, disse.

Polarização em MT e bastidores com Mauro e Pivetta

Ao comentar o cenário estadual, Maggi negou que tenha pressionado o governador Mauro Mendes a anunciar seu apoio à pré-candidatura de Otaviano Pivetta, como circulou nos bastidores. Ele afirmou, no entanto, que a sucessão já era debatida internamente há anos.

“Desde que Mauro e Pivetta entraram na política existe quase um acordo de que o Pivetta seria o substituto. O que foi dito ao governador é: ‘Se é isso mesmo, assuma e vamos em frente’. Senão, pode chegar atrasado lá na frente”, declarou.

Para ele, apesar do cenário atual, ainda há espaço para outros nomes. “É possível surgir um fato novo. Em 2002 ninguém falava de mim e eu apareci como alternativa. Política muda.”

Maggi critica embates públicos de Mauro Mendes com Eduardo Bolsonaro

Blairo também comentou as trocas de farpas recentes entre o governador Mauro Mendes e o deputado Eduardo Bolsonaro, que repercutiram nacionalmente. Para ele, esse tipo de conflito “não agrega”.

“Eu jamais faria isso. Não acho que um governador possa se prestar a ficar batendo boca. Sempre critiquei também o comportamento do próprio Bolsonaro pai. Política precisa de civilidade”, afirmou.

Maggi disse que sua crítica não é eleitoral, mas de postura. “Não é pelo impacto político. É respeito. Paixões políticas existem, mas governar exige equilíbrio.”

Prisão de Bolsonaro divide opiniões e ainda deve gerar revisões, diz Maggi

Sobre a prisão de Bolsonaro, Maggi afirmou que não há consenso nem mesmo entre familiares e amigos. “50% pensa de um jeito, 50% pensa de outro. Dentro da minha família é assim, no meu círculo de amigos também.”

Ele disse acreditar que o assunto só será analisado com serenidade quando o clima político arrefecer. “Quando baixar a pressão, muitas decisões podem ser revistas, não sei em que grau. A justiça tem a última palavra”, avaliou.

 

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