Apontado como líder de esquema de venda de drogas sintéticas, assessor do TJ tem prisão mantida

O assessor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Rodrigo Moreira de Figueiredo teve a prisão mantida na tarde desta quarta-feira (26) durante audiência de custódia conduzida pelo juiz Moacir Tortato. Ele foi detido por suspeita de integrar um grupo criminoso responsável pela venda de drogas sintéticas em Cuiabá e no interior do estado.

A prisão de Rodrigo ocorreu no âmbito da Operação Vertigem, deflagrada pela Polícia Civil na manhã de terça-feira (25), com o objetivo de cumprir 17 ordens judiciais — entre mandados de prisão preventiva e busca e apreensão — contra uma organização que distribuía substâncias como ecstasy, MDMA, LSD (“bala”, “roda” e “doce”), além de “loló”, lança-perfume e clorofórmio. As ações acontecem em Cuiabá e Rio de Janeiro (RJ).

Ao todo, a operação cumpre nove mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão domiciliar, autorizados pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, polo de Cuiabá.

Investigação começou em 2023

As apurações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) e começaram em 2023, após a Operação Doce Amargo. Naquele período, a polícia apreendeu eletrônicos e documentos na casa de um assessor do Judiciário que se tornaram base para novas diligências e aprofundamento da investigação.

Com o avanço das análises, os investigadores identificaram uma rede de fornecedores ligada ao servidor. Entre eles está um traficante apontado como principal alvo da operação — um criminoso de Cuiabá que atualmente vive no Paraguai e enviava a droga do país vizinho para Mato Grosso.

Segundo a Denarc, o assessor atuava como principal articulador de grupos de rateio para compra e distribuição de drogas entre pessoas de alto poder aquisitivo, obtendo lucro com essa intermediação.