“Carta fora do baralho”: Dorner desvincula Bolsonaro das escolhas da direita em Mato Grosso

O prefeito de Sinop, Roberto Dorner (PL), adotou um tom de cautela ao comentar o cenário interno do seu partido e as discussões em torno da pré-candidatura do senador Wellington Fagundes ao governo do Estado. Questionado sobre as disputas e divergências no PL, Dorner afirmou que, por ser gestor, evita se posicionar antes que o quadro eleitoral esteja mais definido.

“Eu, como gestor, tenho que ficar quieto por enquanto. Preciso esperar as composições acontecerem, porque, no momento, tudo é especulação: vai para um lado, vai para o outro. Falta um ano para a eleição. Então, estou aguardando as articulações para tomar uma decisão”, afirmou.

Dorner também foi questionado sobre a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nas decisões da direita em Mato Grosso e se seguiria uma eventual orientação política vinda de interlocutores do ex-presidente. O prefeito respondeu de forma direta:

“Eu sou PL. Sou de direita. E vou continuar sendo direita. Não vou dar bola para Bolsonaro. Temos que olhar para o nosso futuro, para o nosso país. Precisamos de um candidato de direita que faça a diferença para o nosso Estado e para o Brasil.”

O prefeito destacou ainda que gestores em exercício precisam agir com prudência, uma vez que dependem do diálogo com múltiplas forças políticas para garantir investimentos e emendas que atendam o crescimento acelerado de Sinop.

“Se você fala agora, se compromete, e depois pode não ser aquele lado que vai apoiar. É muito difícil. Gestores que estão no poder precisam ficar quietos, porque trabalhamos com todas as forças políticas. Em Sinop, temos representantes de vários partidos contribuindo com a cidade. Precisamos respeitar os poderes constituídos para trazer as emendas necessárias e responder ao ritmo de crescimento da nossa cidade.”

Dorner encerrou dizendo que seu foco, no momento, é exclusivamente administrativo: “Nós não podemos pecar agora. O meu papel é trabalhar por Sinop.”