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IMBRÓGLIO

Mesmo com resistência de proprietários do terreno, Abílio garante regularização do Contorno leste

Nickolly Vilela

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O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, afirmou que a Prefeitura vai seguir com a desapropriação da área necessária para a regularização do Contorno Leste, ocupados por mais de mil famílias no local, mesmo diante da resistência da família proprietária do terreno.

Ele descartou qualquer possibilidade de remoção em massa, afirmando que não colocará sua “digital” em um processo que envolva despejo violento. “Não vou assinar ordem para caminhão, polícia, bala de borracha e bomba de fumaça para arrancar criança, idoso, pessoa com deficiência e mulheres”, declarou.

Segundo o prefeito, a decisão foi comunicada à família proprietária durante reunião no sábado (29). Apesar da discordância dos herdeiros, Abílio afirma que apresentou vantagens e possibilidades de compensação. A prefeitura pretende indenizar pela área que será desapropriada e oferecer compensações em outras regiões, já pertencentes aos proprietários.

O prefeito atribuiu parte da resistência da família ao momento delicado pós-morte do patriarca João Pinto. “Eles ainda estão vivendo o luto, e é compreensível. Mas estamos diante de uma situação com mais de mil famílias, não de um debate isolado sobre propriedade”, disse.

Na tribuna, os herdeiros de João Pinto afirmaram ter doado 5,7 hectares, para que a prefeitura regularize em lotes. Para Abílio, esse montante é insuficiente, atendendo no máximo, 200 famílias. “Não resolve o problema real. Nosso relatório mostra a dimensão atual da ocupação, que cresce a cada dia, são mais de mil famílias”, afirmou.

O prefeito responsabilizou o governo estadual e a gestão municipal anterior por não terem atuado quando a invasão começou, no início de 2023. Ele argumenta que, na época, o correto seria a polícia impedir a ocupação logo nos primeiros movimentos.

“Não fui eu quem deixou invadir. Quando começa, o proprietário chama a polícia. A polícia tinha que ter ido lá e tirado quem estava começando a invadir. Não fez. Depois, a ordem pública do município tinha que agir. Também não fez”, disparou.

Três anos depois, com centenas de construções consolidadas e uma comunidade estruturada, Abílio diz que não assumirá o papel de desfazer a ocupação. “Agora querem que eu seja o prefeito que vai expulsar mil famílias? Não vou fazer isso. A decisão está tomada: desapropriação, justa indenização aos donos e regularização para quem vive lá”, concluiu.

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