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DADOS DO IBGE

Mato Grosso reduz desemprego, amplia renda e mantém desigualdades, aponta levantamento

Kamila Araújo

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Mato Grosso registrou avanços significativos na economia, na educação e no padrão de vida da população ao longo de 2024, mas ainda convive com desigualdades estruturais de renda, gênero e raça. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais 2025 (SIS 2025), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e detalhada no informativo especial para a mídia.

O estado encerrou 2024 com uma das menores taxas de desocupação do país: 2,7%, recuo de 0,7 ponto percentual em relação ao ano anterior. Ainda assim, o estudo evidencia desigualdades entre grupos sociais. Entre homens, o desemprego ficou em 1,9%, enquanto entre mulheres chegou a 3,7%. Na análise por raça, a taxa foi de 2,1% para brancos e 2,9% para pretos ou pardos.

A formalização também avançou: 64,2% dos trabalhadores estavam em empregos formais, alta de 1,2 p.p. Entre brancos, o índice foi de 67,8%, contra 62,6% entre pretos ou pardos. Em Cuiabá, porém, houve queda: a formalidade ficou em 60,8%, recuo de 3,7 p.p. em um ano.

Renda cresce, mas desigualdades persistem

O rendimento médio habitual do trabalho principal atingiu R$ 3.405,00 no estado. A desigualdade entre grupos permanece marcante:

  • Pessoas brancas receberam, em média, R$ 4.297,00;
  • Pessoas pretas ou pardas, R$ 3.006,00 — uma diferença de 30,1%;

Homens receberam R$ 3.823,00, frente a R$ 2.843,00 das mulheres, o que representa renda 25,6% menor para elas.

Na capital, o rendimento médio chegou a R$ 3.800,00.

Educação: alta frequência escolar e alfabetização em queda

A frequência escolar apresenta bons resultados, especialmente na primeira infância e no ensino básico. Em 2024, 94,2% das crianças de 4 a 5 anos estavam matriculadas, o maior índice do Centro-Oeste. Nos ensinos fundamental e médio, a rede pública concentra entre 88% e 92% dos matriculados.

A taxa de analfabetismo caiu para 3,8%, redução de 0,7 p.p. Jovens de 18 a 29 anos mostram melhoria no nível educacional: 73,2% têm ao menos 12 anos de estudo, avanço expressivo frente a 2016.

Padrão de vida melhora e desigualdade diminui levemente

O rendimento domiciliar per capita alcançou R$ 2.245,00, crescimento real de 9,95%, acima da média nacional (4,9%) e regional (1,71%). Em Cuiabá, o valor foi ainda maior: R$ 2.832,00, alta de 6,7%.

O estado apresentou um dos menores índices de desigualdade do país: o Gini caiu para 0,442, abaixo da média brasileira (0,504). Já o Índice de Palma ficou em 2,34, indicando que os 10% mais ricos ganham 2,34 vezes o rendimento dos 40% mais pobres.

Mesmo com avanços, cerca de 13,1% dos mato-grossenses vivem abaixo da linha internacional de pobreza (US$ 6,85/dia), e 1,6% estão em extrema pobreza (US$ 2,15/dia).

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