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ATÉ 18 DE DEZEMBRO

Exposição mostra impactos em toda a família em casos de violência contra a mulher

Da Redação

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“Não podemos ficar caladas”. Foi desta forma que Elisângela Nunes de Sousa resumiu o que sentiu após visitar a exposição “Desenhos que Falam”, no setor de acolhimento dos Núcleos Cíveis da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), em Cuiabá. Para ela, os desenhos das crianças e dos adolescentes mostram que a violência contra a mulher não faz apenas uma vítima, ela destrói a família, atingindo diretamente as crianças e adolescentes que crescem vendo a mulher sendo maltratada.

“Muitas mulheres nem viveram para contar o seu sofrimento. A violência não acaba só com a mulher, mas com a família que deve ser preservada. Isso acaba com a mulher por dentro e por fora. É uma alma que grita, que pede ajuda, que pede socorro. Nós viemos de uma história de mulheres guerreiras e não podemos nos calar nessa situação. Temos que estender as mãos porque somos mulheres, somos mães, e nossas filhas serão mães também, por isso não podemos permanecer caladas diante dessas violências”, afirma Elisângela.

Quem também visitou a exposição foi a presidente do Conselho Estadual da Mulher de Mato Grosso, Cenira Benedita Evangelista. Para ela, a exposição realizada pela Defensoria Pública é essencial para fazer com que a sociedade escolar aborde o tema da violência contra a mulher entre os alunos.

“Em cada desenho vemos o dia a dia dessas crianças e adolescentes e isso nos assusta. Expor esses trabalhos na Defensoria Pública é trazer uma alternativa de buscarmos, nas escolas e nos espaços públicos, essa mudança que tanto queremos”, diz Cenira.

Exposição Desenhos que Falam Até o dia 18 de dezembro, no setor de acolhimento dos Núcleos Cíveis da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, em Cuiabá, fica aberto ao público a exposição “Desenhos que Falam: percepções sobre a violência doméstica”, que reúne ilustrações produzidas por crianças e adolescentes do 5º ao 9º ano de escolas estaduais da capital. Realizado por meio do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), a exposição tem como objetivo refletir sobre o papel da educação na luta contra a violência doméstica.

A ideia para a exposição surgiu durante o mês de agosto deste ano, quando as defensoras públicas Rosana Leite e Zanah Figueiredo Carrijo visitaram algumas escolas de Cuiabá para conversar com as alunas e alunos sobre o combate à violência doméstica e familiar. Naquele mês, algumas unidades de ensino da rede estadual realizaram atividades em alusão à campanha nacional “Agosto Lilás”, que visa o enfrentamento a este tipo de violência.

Após ter contato com os desenhos feitos pelos alunos, as defensoras decidiram realizar a exposição dos trabalhos com o objetivo de buscar a reflexão acerca da necessidade de discutir a violência contra as mulheres dentro e fora das escolas.

“É muito importante trazer esses trabalhos para a Defensoria Pública e para as pessoas que por aqui transitam. São tantas pessoas que passam pela Defensoria diariamente e eu penso que esse será um espaço de reflexão para que todos que passarem por aqui percebam os males que a violência contra a mulher, que a violência de gênero, traz para as crianças e para os adolescentes. Como diz o nome da exposição, esses desenhos falam, eles se comunicam conosco. Quando eu me deparei com esses desenhos, eu vi que a sociedade precisa refletir muito mais. A lei Maria da Penha completou 19 anos no último dia 7 de agosto, mas esse enfrentamento não tem hora para parar. Nós precisamos enfrentar a violência contra as mulheres todos os dias, a todo momento e nada melhor que fazer uma exposição aqui na Defensoria”, afirma Rosana Leite.

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