SEM ATRITOS
Max Russi defende autonomia do Parlamento e vê superado debate sobre veto ao reajuste do Judiciário
Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Max Russi (PSB), avaliou a polêmica em torno do veto do Executivo ao reajuste de 6,8% do Poder Judiciário. O governo alegou risco de efeito cascata e possível desequilíbrio fiscal, argumentos que dividiram o Parlamento durante a análise do veto.
Russi destacou que a decisão refletiu o funcionamento natural da Assembleia Legislativa, onde cada parlamentar vota conforme sua convicção. “O parlamento é assim. São 24 deputados, cada um consciente da forma de entender. Quando teve o veto, houve motivos apresentados, alguns deputados entenderam que era importante a manutenção, e essa votação aconteceu. Isso é pauta superada, agora temos que trabalhar os outros projetos”, afirmou.
O deputado ressaltou que a ALMT mantém diálogo aberto com todos os poderes e com a população, lembrando que, recentemente, até prefeitos procuraram a Casa em busca de encaminhamentos. “O direito da Assembleia é estar de portas abertas para atender todos os poderes e também toda a população de Mato Grosso”, reforçou.
Questionado sobre a avaliação de que o governo subdimensiona o orçamento ano após ano, limitando a possibilidade de reajustes, Max Russi reconheceu que a discussão é recorrente e esteve no centro do debate da Comissão de Orçamento.
Segundo ele, o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, explicou durante audiência no dia 9, que o Executivo trabalha com cautela por prever eventuais frustrações de receita. “É o entendimento do governo. O governo tem uma perspectiva de algumas frustrações de arrecadação, então faz um orçamento muito cauteloso, muito potencial, digamos assim. Com isso, ele limita gastos, os rodízios, e outros gastos que vão acontecendo ao longo do orçamento”, disse.



