SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
Botelho nega incentivo à invasão e elogia decisão de Abílio sobre o Contorno Leste
Da Redação
O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) negou ter incentivado a invasão da área no Contorno Leste, afirmando que esteve no local apenas para ouvir e atender moradores em situação de extrema vulnerabilidade que já ocupavam a região.
Apesar de ser um dos principais opositores do prefeito Abílio Brunini, Botelho classificou como “acertada” a decisão do gestor em manter as famílias na área e avançar na regularização fundiária. Ele também destacou o trabalho dos deputados Wilson Santos (PSDB) e Valdir Barranco (PT), que, segundo ele, têm atuado há anos para que o impasse fosse resolvido de forma pacífica.
“Na verdade, essa ocupação e o resultado que está surgindo agora são fruto da luta do deputado Wilson Santos e do deputado Barranco. Temos que reconhecer. E quero parabenizar o Abílio, porque ele está entendendo que aquilo precisava de uma solução. Todo mundo sai ganhando”, afirmou Botelho.
O parlamentar defendeu que o próximo passo seja indenizar os proprietários da área e garantir infraestrutura mínima às famílias que permanecerão no local. “Vamos pagar os proprietários, deixar as pessoas lá e fazer a infraestrutura necessária. São cidadãos que merecem e têm direito à sua casa e à sua propriedade. Considero acertada essa decisão, que é uma reivindicação popular”, completou.
No final de semana, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, se reuniu com os moradores e anunciou que o Município irá realizar a regularização da área. A desapropriação é contestada pela família proprietária, que afiram ter doado 5,7 hectares para que Cuiabá promovesse a alocação das famílias que realmente encontram-se em situação de vulnerabilidade social. A oferta foi recusada.
A decisão do prefeito vem sendo amplamente debatida e encontra opositores dentro da sigla, como o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que acusa a iniciativa como fomento à invasão de propriedades rurais. Já o prefeito Abilio cita que a decisão é humanitária, beneficiando cerca de mil pessoas.



