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MCTI, Fiocruz e UFMG firmam protocolo de intenções para desenvolver vacina contra monkeypox

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Da Redação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmaram nesta quinta-feira (03) protocolo de intenções para o desenvolvimento de vacina contra a varíola símia (monkeypox) no Brasil. O extrato do documento será publicado no Diário Oficial da União.

A cooperação técnica e científica viabilizada por meio da RedeVírus MCTI deve potencializar as pesquisas para o enfrentamento de viroses emergentes, em especial em relação ao enfrentamento da varíola símia. O documento também abrange outras áreas que venham a ser autorizadas em decorrência da presente parceria, relacionadas a outras viroses de importância para a saúde pública.

A iniciativa é decorrente da atuação da RedeVírus MCTI, por meio da CâmaraPox. Criada em maio deste ano para acompanhar os desdobramentos científicos do surto global de monkeypox, o fórum consultivo reúne os principais especialistas brasileiros em varíola.

Na avaliação do coordenador da RedeVírus MCTI e secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, a iniciativa é mais um passo para que o País tenha mais autonomia na área de produção de imunizantes. “Esse protocolo de cooperação integra duas instituições brasileiras relevantes no desenvolvimento e produção de vacinas para que possamos garantir a independência para a produção nacional da vacina contra varíola”, afirma Morales.

Para o vice-presidente da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger, o acordo firmado entre as instituições também é muito simbólico, pois  permite a complementação das competências que serão necessárias para o desenvolvimento desse e de outros projetos. “Estamos juntando grupos que têm competência na pesquisa básica, no desenvolvimento tecnológico e na produção industrial com os conceitos de boas práticas de fabricação. Nesse sentido, esse protocolo é importante para induzir e fomentar o desenvolvimento nacional de outras vacinas”, afirmou Krieger.

O Brasil recebeu no início de setembro a doação de duas alíquotas-semente do Vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA), um vírus vacinal atenuado que foi utilizado para erradicar a varíola humana, nos anos de 1960, e que tem ação comprovada contra a varíola dos macacosO material biológico foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health – NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, ao Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da UFMG, por meio de um Acordo de Transferência de Material Clínico (CMTA – Clinical Material Transfer Agreement).

De acordo com o coordenador do projeto e especialista em poxvírus, Flávio Fonseca, desde o recebimento do MVA, o CT Vacinas trabalha para amplificar o material biológico em condições de boas práticas de laboratório. A replicação será efetuada até atingir quantidade suficiente para a produção dos lotes iniciais da vacina. Ao mesmo tempo, o procedimento está estabelecendo parâmetros, critérios e processos necessários para a produção em larga escala da vacina.

A cooperação firmada permite que o CT Vacinas transfira o vírus vacinal e os protocolos desenvolvidos desse processo para que a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio- Manguinhos), possa produzir o imunizante em escala industrial e atender às eventuais demandas nacionais do imunizante.

O CT Vacinas possui acreditação do Inmetro de Boas Práticas de Laboratório e está em processo para ser transformado em Centro Nacional de Vacinas (CNV). O local reúne condições e capacidades para ser a instituição brasileira a primeiro gerar estoques ativos de vacina.  O grupo de pesquisa tem experiência no trabalho com o vírus MVA, tendo desenvolvido e testado este vírus como vetor viral no desenvolvimento de vacinas recombinantes contra diferentes doenças, incluindo a dengue.

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde de quarta-feira (02/11), o Brasil registrou dez óbitos decorrentes de monkeypox, sendo três em São Paulo, outros três em Minas Gerais e quatro no Rio de Janeiro. Desde o início do surto, o país registrou mais de 9 mil casos de monkeypox e outros 5mil casos suspeitos.

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