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IOF de Lula e Haddad: quando até o confisco é tragicômico

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(Ricardo Kertzman, publicado no portal O Antagonista em 24 de maio de 2025)

 

Na era do “lulopetismo parte III”, o governo da boca larga e cofre vazio decidiu meter a mão no bolso de quem ainda ousa movimentar a economia e distribuir renda no Brasil – mais uma vez!

Com o costumeiro modo trapalhão improvisado, o Ministério da Fazenda anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ou por outra, uma tunga estimada em mais de R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

Tudo para tapar o rombo de um governo que não para de gastar e jamais desceu do palanque. Só em 2025, como exemplo recente, além de todo o déficit fiscal, mais de R$ 3 bilhões serão comprometidos com a promessa de isenção na conta de luz para famílias de baixa renda, algo como 60 milhões de consumidores.

Gasto é vida

A redução do Imposto de Renda, outro exemplo de vitrine eleitoral e irresponsabilidade fiscal, custará mais R$ 25 bilhões ao erário. Some-se, também, as renúncias fiscais a setores “estratégicos” – leia-se, politicamente úteis – que ultrapassam os R$ 200 bilhões. Além do novo velho PAC, com seus ralos e emendas turbinadas pelos ministérios fisiológicos e perdulários.

Com a medida, a alíquota sobre o crédito para as empresas quase dobrou. Compras internacionais com cartão e saques em moeda estrangeira sofrerão uma mordida de 3,5%. Na previdência privada (VGBL), quem aplicar mais de R$ 50 mil por mês pagará 5% de IOF. Ou seja, quanto mais formal e transparente você for, mais o Estado te penalizará.

Mas o impacto foi tão ruim que o governo teve que recuar em menos de 24 horas, e revogou parte do decreto. A alíquota sobre fundos enviados ao exterior caiu. E as remessas de pessoas físicas, pelo menos por ora, ficarão de fora da carnificina arrecadatória de Lula 3.

Taxadd 2.0

Mas o recuo não apaga o vexame. Em janeiro, Haddad previa não aumentar mais impostos. Cinco meses depois, lá está o IOF sendo inflado para fechar as contas. Mais uma prova de que, no Brasil de Lula, a palavra do governo vale menos que um título de capitalização de banco em default.

Eis o custeio do populismo petista com o presidente despencando nas pesquisas e sentindo cheiro de incerteza em 2026. O Planalto aposta as fichas em medidas de curto prazo “populares”, mesmo que custem caro ao país. Nada mais Dilma do que isso: “A gente faz o diabo para ganhar a eleição.”

Isenta-se aqui, distribui-se acolá e, para compensar, tributa-se onde dói menos eleitoralmente: no crédito, no câmbio e no consumo da odiada classe média. A tal justiça tributária virou apenas mais um truque para camuflar a velha fórmula do PT: agradar a base com esmola, manter o topo com isenção e sangrar o meio com imposto.

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