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entrega em 2025

Com 80% das obras concluídas, hospital da UFMT é debatido como marco na saúde pública

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Da Redação

Os avanços nas obras do Novo Hospital Universitário Júlio Müller, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e seus impactos na saúde pública e na formação de profissionais foram debatidos em audiência pública realizada nesta terça-feira (17), no Plenário das Deliberações da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A reunião foi promovida pela Comissão de Saúde da Casa, por iniciativa do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), membro da comissão.

O encontro reuniu parlamentares, representantes da UFMT, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), autoridades estaduais e profissionais da saúde, consolidando o debate em torno do papel estratégico da nova unidade para o estado. Pela manhã, uma comitiva da ALMT realizou visita técnica à obra, que já atingiu 80% de conclusão e segue para a fase de acabamento.

Localizado na MT-040, rodovia que liga Cuiabá a Santo Antônio do Leverger, o hospital está sendo estruturado como um centro público de alta complexidade e referência no ensino, com o objetivo de ampliar o acesso da população a serviços de excelência e qualificar a formação de profissionais da saúde em Mato Grosso.

Durante a audiência, foram apresentados o perfil assistencial da unidade, os serviços previstos e o modelo de gestão.

O presidente da EBSERH e ex-ministro da Saúde, Dr. Ademar Arthur Chioro, explicou que o hospital será administrado em parceria com a UFMT e contará com mais de 280 leitos, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulta, pediátrica e neonatal, centro cirúrgico moderno e tecnologia de ponta em diagnóstico por imagem. “A previsão é que (o hospital) entre em operação gradualmente a partir de 2025, consolidando-se como referência em assistência, ensino e pesquisa”, afirmou.

A reitora da UFMT, professora Dra. Marluce Souza e Silva, ressaltou a relevância da participação coletiva na fase atual do projeto. “É essencial que a comunidade universitária e todos os atores envolvidos acompanhem ativamente esta etapa, que vai além da construção física. Estamos iniciando o planejamento do mobiliário, dos equipamentos e do perfil assistencial. Diversas demandas foram apresentadas, e o perfil, que havia sido definido em gestões anteriores com participação da EBSERH, agora passa por revisão com novas contribuições. Esse processo exige o envolvimento de todos que atuam na saúde do estado ”.

O superintendente do hospital, Dr. Reinaldo Gaspar Mota, também reforçou a necessidade de diálogo com a sociedade para que os serviços sejam alinhados às demandas da saúde pública estadual. Segundo ele, áreas como oncologia, cardiologia, saúde mental, saúde indígena e nefrologia terão atenção prioritária. “Nosso compromisso é seguir contribuindo para a formação de especialistas com ética, transparência e responsabilidade social”, destacou, mencionando a inclusão da saúde indígena como um dos focos estratégicos da unidade.

O deputado Lúdio Cabral, ressaltou que o debate é fundamental para agilizar a entrega e o funcionamento do novo hospital:

“Estamos ouvindo a sociedade e os usuários do atual hospital, que hoje enfrentam a necessidade de buscar tratamentos fora do estado. O novo hospital vai ajudar a suprir essas carências. A obra deve ser concluída até dezembro e, em até 60 dias, precisamos finalizar o perfil assistencial, em articulação com as secretarias estadual e municipal de Saúde e com o Conselho de Secretarias Municipais. Também é urgente garantir o financiamento: o custeio anual será de cerca de R$ 430 milhões. Já estamos em tratativas com o Ministério da Saúde para que novos serviços, como oncologia, recebam recursos adicionais, sem impactar o orçamento das unidades já existente”.

O parlamentar também destacou a necessidade de planejar o acesso da população. “Será necessário estruturar o transporte público e o fluxo de trabalhadores e pacientes. O hospital deverá receber diariamente cerca de 2 mil servidores e 4 mil pacientes e acompanhantes. Já propusemos envolver a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana nesse planejamento, que deve avançar ainda este ano”, contextualizou Lúdio.

Presidente da Comissão de Saúde da ALMT, o deputado Paulo Araújo (PP) lembrou que o novo hospital é fruto da retomada de um convênio firmado em 2010, agora viabilizado pela atual gestão estadual, com investimentos conjuntos dos governos estadual e federal. “A nova estrutura substituirá o antigo hospital, hoje em situação precária, e ampliará a oferta de especialidades pouco disponíveis na rede privada, como a obstetrícia de alto risco”, ressaltou.

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado e médico Dr. João (MDB), também participou da audiência e destacou o impacto positivo da unidade para a população mato-grossense: “A obra está em ritmo acelerado e deve ser finalizada até o fim de 2025. Este será um marco para a saúde pública, especialmente na Baixada Cuiabana”, afirmou.

 

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