SEM FORMALIDADE
Mesmo com o fim do decreto, prefeito garante que contenção de gastos continua
Kamila Araújo

Apesar do fim do decreto de calamidade financeira, o prefeito Abilio Brunini (PL) deixa claro que o município continuará adotando políticas de contenção de despesas para equilibrar as finanças e garantir investimentos.
“Termina o decreto, mas as medidas de contenção de despesa continuam. Nossa economia de aproximadamente R$ 300 milhões não é um superávit, é um recurso ainda para reduzir o déficit”, explicou o prefeito.
O gestor estadual afirma que o município acumula cerca de R$ 700 milhões em dívidas de curto prazo, ou seja, valores que precisam ser quitados ainda este ano. Segundo ele, parte desse montante se refere a débitos deixados pela gestão anterior e que agora estão sendo cobrados judicialmente.
Além disso, há ações que demandaram recursos e não estavam previstas no orçamento de 2024, como, por exemplo, a oferta de café da manhã para todos os alunos e servidores das escolas municipais, com custo estimado em R$ 30 milhões, e a abertura do Centro Médico Infantil de Cuiabá, prevista para os próximos meses.
Além disso, Abilio destaca que sua equipe incorporou ao orçamento o pagamento do 13º salário e o salário de dezembro de 2023, que haviam ficado em aberto, além de manter serviços essenciais, como tapa-buracos, limpeza urbana e coleta de lixo. Ele também lembrou do transporte coletivo gratuito implantado aos domingos como uma das medidas sociais viabilizadas por meio da economia.
“Todas as medidas de economia que a gente foi fazendo foram incorporadas agora. Com isso, conseguimos pagar parte da dívida e trazer investimentos importantes para a cidade”, afirmou.
O prefeito informou ainda que no próximo dia 9 levará um relatório detalhado sobre a situação financeira da prefeitura ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).