
A legalização do jogo do bicho no Brasil reacende debates intensos sobre segurança. A proposta, que inclui cassinos, bingos e apostas on-line, autoriza ainda uma operadora de jogo do bicho a cada 700 mil habitantes por estado entrará na pauta de votação de terça-feira (8), no Senado.
Apesar de prever mecanismos de fiscalização e combate à lavagem de dinheiro, o projeto assombra especialmente regiões como o Mato Grosso, palco de uma das fases mais violentas da história recente do país associadas ao jogo do bicho. Foram anos de execuções sumárias em plena luz do dia, investigações e um rastro de medo que terminou com a prisão do então “chefe” do jogo, João Arcanjo Ribeiro.
A pergunta que paira no ar é: legalizar basta? O passado do bicho no Brasil não foi apenas uma questão de jogos ilícitos, mas de dominação territorial, corrupção e sangue.