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120 MIL ATENDIMENTOS EM 2024

“Fechar a Santa Casa é impensável”, diz presidente do TCE e cobra que Estado assuma hospital

Patrícia Neves

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O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, fez um apelo direto ao governo do Estado para que assuma de forma definitiva a gestão da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Em declaração contundente nesta quarta-feira (9), após reunião com o prefeito Abílio Brunini, o conselheiro afirmou que cogitar o fechamento da unidade é “inaceitável”, já que o hospital realizou mais de 120 mil atendimentos em 2023 e é hoje o único pronto-socorro infantil de portas abertas na capital, atendendo 250 crianças por dia.

“O Estado já paga R$ 500 mil por mês para quitar dívidas trabalhistas da Santa Casa. Na prática, já está comprando o hospital. Fechar, sem oferecer alternativa imediata, é negar saúde à população”, disparou.

O conselheiro também apontou que, mesmo com a inauguração futura de unidades como o Hospital Central ou possíveis parcerias com instituições como o Hospital Albert Einstein, só a Santa Casa, hoje, oferece atendimento imediato e gratuito com o volume de demandantes que assume.

Além disso, lembrou que o hospital, embora esteja sob gestão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), já tem parte de suas dívidas trabalhistas custeadas pelo Estado.

“Hoje, na minha modesta opinião, quem gerencia a Santa Casa é o TRT, que recebe os aluguéis e direciona para as dívidas trabalhistas. O Estado, na prática, já está comprando a Santa Casa”, comentou.

O passivo estimado gira em torno de R$ 300 milhões. Segundo Sérgio, o governo estadual já repassa cerca de R$ 500 mil por mês a título de pagamento dessas dívidas. “Como se vai, no final das contas, fechar esse acervo? O Estado já repassa esse valor mensalmente. Por isso, solicitei audiência com o TRT. Fica aqui o convite à Câmara Municipal para questionarmos os gestores se esse aporte mensal configura a aquisição da Santa Casa”, destacou.

Ele reforçou ainda que qualquer proposta de encerramento dos serviços do hospital só faria sentido se uma alternativa imediata fosse oferecida à população, o que, até o momento, não ocorreu.

“A Santa Casa jamais vai fechar as suas portas. Soluções vão surgir — com o apoio da Prefeitura e do governo do Estado. Daqui a dois ou três anos vocês vão ver: a Santa Casa estará de pé”, garantiu. “Conheço a Santa Casa desde que cheguei aqui. Sempre enfrentou problemas, mas nunca deixou de atender, mesmo com brigas internas, já vi até confrontos físicos entre servidores. Mas ela nunca parou”, concluiu.

Ainda segundo Sérgio, ele irá convidar o governo do Estado, Prefeitura de Cuiabá, Justiça do Trabalho e Ministério Público para uma reunião, que terá como medida trazer luz ao impasse. Com a entrega do Hospital Central, prevista para dezembro de 2025, o Estado anunciou o fechamento da centenária unidade hospitalar.

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