SERVIÇOS SERÃO REALOCADOS
Em reunião no TRT, Pivetta reafirma desinteresse do estado em comprar Santa Casa e defende leilão
Kamila Araújo

Após reunir no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) reiterou que o governo do Estado não tem interesse em comprar a Santa Casa de Misericórdia, mas reforça que todos os serviços que hoje são oferecidos na unidade de saúde serão ampliados e realocados no Hospital Central, que deve inaugurar em setembro, e em outras unidades do estado.
“Nós não vamos fechar a Santa Casa, nós vamos transferir o serviço da Santa Casa para o novo Hospital Central”, enfatizou.
No entanto, o integrante da gestão estadual admite que a única saída jurídica para solucionar o imbróglio da Santa Casa é a venda do prédio. Isso, porque a unidade conta com uma dívida trabalhista de R$ 48 milhões.
“Saímos convencidos que o melhor caminho é o caminho legal, e o caminho legal para uma empresa falida, que tem credores, é vender o patrimônio para satisfazer o interesse dos credores, principalmente trabalhista”, disse.
Pivetta representou o governo do Estado em uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10) com a Justiça do Trabalho para tratar sofre o impasse envolvendo a Santa Casa. Por conta da dívida trabalhista de R$ 48 milhões que a instituição possui, o Tribunal do Trabalho já sinalizou que o prédio irá a leilão.
No mês passado, o governador Mauro Mendes (União), anunciou que vai fechar a unidade assim que o Hospital Central for inaugurado, em setembro deste ano. Desde então, órgãos fiscalizadores e lideranças políticas trabalham para encontrar uma saída para impedir o fechamento da unidade.
Ao reiterar o posicionamento do governador, Pivetta expôs a dificuldade financeira que o estado tem de gerir os hospitais que são de responsabilidade do Estado, justificando assim, o não interesse do poder Executivo em comprar o prédio.
“É difícil, é complexo. O Estado tem dificuldade de tocar os hospitais por administração direta, por isso nós estamos publicando editais para contratar empresas, organizações sociais, como acontece em São Paulo, no Paraná, em todos os estados onde a saúde está funcionando bem. E nós estamos também contratando aqui no Mato Grosso para melhorar a gestão dos nossos hospitais e gerar economicidade e um melhor serviço para nossa população”, finalizou.