NEGOU VERSÃO PASSIONAL
Autor do assassinato de ex-jogador diz que se sentia extorquido pela vítima
Patrícia Neves

O mecânico Idirlei Alves, assassino confesso da morte do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei, Ewerton Fagundes Pereira da Conceição, 46 ano, negou que o crime tenha sido motivado por ciúmes, como apontado inicialmente pela investigação policial. A informação foi divulgada pelo Programa do Pop, na manhã desta segunda-feira (14).
Segundo ele, o crime “não foi passional”, mas teria ocorrido após uma série de desentendimentos envolvendo a partilha de bens após sua separação conjugal. Everton era amigo de sua ex-companheira e desenvolvia o papel de interlocutor.
O empresário afirma que se sentia vítima de extorsão, pois Everton, segundo ele, estaria atuando como intermediador da ex-esposa em negociações sobre os bens do casal. “Estava me sentindo extorquido nessa separação”, disse ao Programa do Pop.
Ele era tutor de uma negociação e dizia representar os interesses dela”, declarou. Idirlei também afirmou que não premeditou o assassinato e que seu único arrependimento é pelo impacto do crime na vida da própria filha.
“Não me arrependo por ele, mas pela minha filha. Só por ela”, disse.
Na manhã de hoje, equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o mecânico realizaram buscas em um córrego na região do bairro Três Poderes, em Cuiabá. Nessa localidade, o empresário Idirlei Alves Pacheco, de 40 anos, teria jogado a arma utilizada no assassinato, registrado no dia 10 de julho. O ex-jogador foi morto a tiros dentro de uma picape.
Apesar das diligências, a arma não foi localizada. A polícia trabalha com a hipótese de que o armamento tenha sido alugado ou descartado em outro local.