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Daniel Monteiro desmente Abílio e diz que falta de verba para professores “não se sustenta nos números”

Patrícia Neves

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O vereador Daniel Monteiro (Republicanos), que é presidente da Comissão de Educação da Câmara de Cuiabá, criticou a justificativa apresentada pelo prefeito, Abílio Brunini (PL), sobre a suposta falta de recursos para o pagamento do 1/3 de férias dos professores da rede municipal. O prefeito afirmou que será necessário retirar R$ 4 milhões da verba destinada à reforma de escolas para conseguir honrar a folha de pagamento referente ao benefício, previsto em lei.

Daniel classificou a decisão como um falso dilema e destacou que a matemática do orçamento desmente a tese de Abílio.

“Aparentemente, a solução encontrada foi, em detrimento das escolas, deixar de fazer reformas. Mas isso é obrigação, não é favor que está sendo feito aos professores. Está na lei. Eu sou um pouco chato com isso, gosto muito da matemática e a matemática é a única ciência que não permite duas opiniões”, afirmou o parlamentar.

Segundo o vereador, o orçamento da educação em Cuiabá ultrapassa R$ 1 bilhão, o que torna a retirada de R$ 4 milhões um impacto pequeno, proporcionalmente.

“O orçamento da educação é de R$ 1 bilhão. Dez por cento disso são R$ 100 milhões. R$ 4 milhões não dá nem 1%. Francamente, esse argumento não se sustenta com os números que acabei de apresentar”, completou.

Daniel ainda ironizou o discurso da prefeitura ao destacar que o valor em questão — mesmo que relevante, é absolutamente administrável dentro da dimensão orçamentária da Secretaria de Educação:

“Estamos falando de um impacto de R$ 4 milhões em um orçamento de R$ 1 bilhão. Isso não compromete a capacidade de investir nem justifica parar reformas. É como se estivesse pedindo para os professores ensinarem tabuada sem acreditar nela”, disse.

O parlamentar concluiu dizendo que não aceitará que a gestão municipal trate o direito dos professores como uma escolha opcional, e defendeu que o pagamento do 1/3 de férias deve ser cumprido com responsabilidade orçamentária e respeito à categoria.

Para cumprir com o pagamento referente a 2025, estimado em R$ 4 milhões, a Prefeitura irá remanejar recursos do orçamento da própria Secretaria Municipal de Educação. O valor sairá de ações previstas para reformas e ampliações de unidades escolares. “Vamos tirar de onde há orçamento, das reformas, para garantir o direito dos professores. Não há dinheiro sobrando, mas vamos honrar essa legislação”, disse Abilio.

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