Moretti e Tião veem operação contra Bolsonaro como “exagero” e não creditam em enfraquecimento da direita

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, e o vice-prefeito Tião da Zaelli, ambos do Partido Liberal (PL), criticaram a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que incluiu buscas em sua residência e a determinação do uso de tornozeleira eletrônica. Para ambos, a ação representa um excesso do Poder Judiciário e não enfraquece o campo político da direita nas eleições de 2026.

“É salutar que a gente esteja vivendo a justiça no país, mas o que estamos vendo são dois pesos e duas medidas. O Poder Judiciário está interferindo nos outros poderes”, afirmou a chefe do poder Executivo Municipal nesta sexta-feira (18).

Para ela, o povo vai dar a resposta nas urnas no próximo ano. “Temos que mudar a nossa história em 2026. Faz parte dessa mudança o povo decidir por isso nas urnas”, completou.

Questionada sobre a proibição de Bolsonaro usar as redes sociais, Flávia minimizou o impacto da medida sobre a influência política do ex-presidente. “Não diminui não. Quanto mais bate, mais levanta. Quem é de direita, quem quer uma mudança no Brasil e sente as dificuldades da economia atual, sabe da necessidade de escrever uma nova história para o nosso país”, disse,

Já o vice-prefeito Tião da Zaelli foi mais direto ao classificar a operação como perseguição política e garantiu que a base eleitoral da direita continua firme.

“Não enfraquece porque a direita tem um voto consolidado. Os eleitores conscientes são os eleitores da direita. Sabemos que isso é uma perseguição política”, declarou.