Tarcísio visita Cuiabá, critica exploração política da crise e pede superação: “Não se fortalece o fraco enfraquecendo o forte”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve neste sábado (19) em Cuiabá, onde participou de um encontro com grandes nomes da política mato-grossense, entre eles, o governador Mauro Mendes, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini e diversas lideranças políticas e empresariais, a convite do ex-senador Cidinho Santos, atual diretor da Nova Rota do Oeste. A visita reforça os laços entre o governo paulista e setores do agronegócio e da infraestrutura de Mato Grosso, além de alimentar as especulações sobre uma possível candidatura de Tarcísio à Presidência da República em 2026.
A agenda do governador incluiu um almoço com representantes do alto PIB agroindustrial de Mato Grosso, além de encontros com empresários . Tarcísio também participará de um casamento em Cuiabá, após cancelar sua presença em uma palestra que ocorreria na sexta-feira. O casamento é da filha de Cidinho, empresária Ana Gabriela Becker e o empresário Filipe Pitz, é uma cerimônia que reunirá cerca de 1,5 mil convidados.
Durante o encontro, o governador fez um pronunciamento em tom de conciliação e superação, criticando o uso político de momentos de crise no país. “Não se fortalece o fraco enfraquecendo o forte. Não se fortalece o empregado combatendo o empregador”, afirmou, em referência às dificuldades enfrentadas por setores produtivos e industriais diante de instabilidades econômicas e institucionais.
Tarcísio ressaltou que o momento exige responsabilidade e compromisso com o futuro do país, citando como exemplo a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. “Se países superaram guerras e momentos difíceis, o Brasil também pode superar. O que não pode faltar agora é bom senso, especialmente daqueles que amam o Brasil e não estão preocupados em tirar proveito eleitoral da situação difícil em que estamos”, destacou.
Em tom de alerta, mencionou as consequências de uma eventual perda de competitividade do setor industrial, citando a possibilidade de grandes empresas, como a Embraer e a Caterpillar, reduzirem ou transferirem suas operações para outros países. “Imagina uma empresa global como a Caterpillar fechando uma planta aqui e abrindo em outro lugar. Vai continuar exportando, mas o prejuízo será nosso”, alertou.