
O protesto da oposição realizado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (22) teve um momento de atrito após a exibição de uma bandeira em apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O senador Wellington Fagundes (PL) descartou, em entrevista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como única opção da direita para dispirar a Presidência, em 2026.
Para ele, o único pré-candidato do grupo é Jair Bolsonaro (PL), mesmo ele estando na mira da PF e do STF.
Os parlamentares pretendiam votar uma moção de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O gesto causou desconforto entre alguns congressistas do próprio partido, que pediram para abaixar o objeto.
Além do nome do presidente americano, a faixa estampava a sigla do movimento Maga (Make América Great Again) – Faça a América Grande de Novo, em tradução livre.
No momento, os deputados comentavam também as decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra Bolsonaro.
Nas redes sociais, o líder do PT na Casa, deputado Lindbergh Farias (RJ), definiu a situação como “traição”.
“Enquanto o país luta contra o tarifaço e defende sua soberania, eles prestam continência a um grupo externo. Isso tem nome: traição”, publicou no X (antigo Twitter).
“Não representam o povo brasileiro. São traidores da pátria, vendidos a um projeto autoritário e estrangeiro”, concluiu.
Medidas cautelares
Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela PF (Polícia Federal), em operação autorizada por Moraes, na última sexta-feira (18). Desde então, está sob uso de tornozeleira eletrônica e deverá cumprir com recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, de segunda a sexta-feira, e em tempo integral aos finais de semana e feriados.
Ele também não pode usar as redes sociais, nem manter contato com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos alegando buscar sanções norte-americanas contra Moraes e o STF.