CHEGA DE LULA E BOLSONARO
Buzetti rebate ataques após chamar Eduardo Bolsonaro de “moleque” e diz que Cattani não é dono da direita
Da Redação

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) voltou a se pronunciar nesta manhã (25) após declarações que geraram forte repercussão nacional. Na semana passada, Buzetti chamou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de “moleque”, o que provocou reações dentro da ala mais radical do bolsonarismo, incluindo críticas do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que afirmou que a senadora “não é de direita de verdade” e que representa uma “vergonha para Mato Grosso”. Em resposta, Buzetti manteve o tom firme e reafirmou suas palavras.
“Na minha parte não tem exaltação. Estou muito tranquila com o que falei e reafirmo tudo. Não acho certo ficar nos Estados Unidos pedindo tarifaço, incentivando que os brasileiros paguem a conta. Acredito sim que ele prejudicou o próprio pai”, declarou Buzetti, referindo-se a Eduardo Bolsonaro. Por determinação do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre uma série de medidas cautelares, monitoramento por tornozeleira eletrônica, veto a entrevistas e conversar com Eduardo Bolsonaro.
Sobre os ataques de Cattani, ela alfinetou. “A opinião dele é dele. Ele não é dono da direita. Ele falou comigo como se fosse. Disse até coisas sobre os nordestinos que não devia ter dito. Tem muito nordestino que trabalha duro aqui no Mato Grosso. Merece respeito.”
A senadora ainda rebateu insinuações de que ela seria uma “direita disfarçada”. “Estão dizendo que eu não sou da direita… Quem gera emprego, quem trabalha desde os 15 anos? Eu! O Cattani também trabalha, eu sei disso. Mas ele não é dono do ativismo.”
Questionada se os ataques poderiam estar ligados a um possível projeto político de maior alcance, Buzetti desconversou. “Não sei se é medo, mas eu defendo o Tarcísio de Freitas para presidente do Brasil, e vou continuar defendendo até o último dia. Chega de Lula e Bolsonaro.”
O embate evidencia um racha interno na direita mato-grossense, com setores mais moderados se distanciando do discurso extremado de figuras alinhadas ao bolsonarismo mais fiel. A tensão ocorre em meio à antecipação de articulações para 2026, e Margareth Buzetti tem ganhado protagonismo ao se posicionar de forma mais independente dentro da direita.