POLÍCIA APURA ROUBO E ESTUPRO
Morte na UFMT: Delegado afirma que crime pode ter mais de um autor
Patrícia Neves

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), investiga a morte de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, encontrada sem vida em uma área abandonada dentro do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, foi morta por mais de uma pessoa. A vítima, moradora de Várzea Grande, tinha histórico de transtornos neurológicos e frequentava o local há mais de 20 anos.
Segundo o delegado, o local onde o corpo foi localizado é de fácil acesso e não possui câmeras de segurança, nem na parte interna do campus, nem nos arredores. Solange foi encontrada seminua, com sinais evidentes de esganadura. A informação foi divulgada no Programa do POP desta sexta-feira (25).
“Estamos diante de um crime com características de extrema violência. Ainda não temos uma conclusão definitiva, mas há indícios de que ela possa ter sido vítima de violência sexual antes de ser morta por asfixia”, afirmou Bruno Abreu.
Imagens de segurança captaram a vítima caminhando com uma bolsa que, até o momento, não foi encontrada. “Esse é um ponto que chama a atenção, porque nela estavam documentos, cartões e objetos pessoais. Isso levanta a possibilidade de roubo seguido de morte”, disse o delegado, sem descartar a hipótese de latrocínio.
A área onde o corpo foi encontrado é conhecida como ponto de consumo de drogas e estava em situação de abandono, apesar de sua proximidade com a sede da Prefeitura do campus. Latas e vestígios de entorpecentes foram recolhidos no local.
“É possível que mais de uma pessoa esteja envolvida. A vítima apresentava marcas de luta, e encontramos vestígios sob as unhas, o que pode ajudar na identificação dos agressores. Tudo indica que não foi uma ação isolada”, reforçou.
De acordo com familiares, Solange costumava sair de casa por volta das 13h e retornava no fim da tarde. O crime teria ocorrido após as 17h da última quarta-feira (24).
A Polícia Civil segue analisando as imagens de câmeras das proximidades da UFMT para reconstituir os últimos passos da vítima e identificar os suspeitos. A investigação agora concentra esforços na coleta de provas que possam esclarecer as circunstâncias do crime brutal.