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RISCO

Dependência da Ásia expõe fragilidade comercial do Brasil em meio a novas tarifas dos EUA, avalia César Miranda

Da Redação

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A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, acende um alerta sobre a vulnerabilidade comercial do Brasil já que o  novo cenário econômico global evidencia a excessiva dependência brasileira dos mercado asiático, que já concentra a maior parte das exportações nacionais. A avaliação é do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda.

“A gente exporta para os Estados Unidos, mas o volume do que é produzido em Mato Grosso que chega lá não passa de 2%”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, em entrevista concedida à Rádio Cultura na manhã desta terça-feira (29). “O problema maior não está apenas nas tarifas, mas na nossa dependência crescente do mercado asiático, que se tornou praticamente nossa única alternativa.”

Na avaliação do secretário, a recente queda de 73% nas exportações de carne para os EUA também reforça esse cenário de vulnerabilidade. Segundo ele, a retração já era prevista devido à natureza dos contratos internacionais, geralmente firmados com 60 a 90 dias de antecedência. Atualmente, apenas 7% da carne exportada por Mato Grosso tem como destino o mercado norte-americano.

“Caiu 73%. Tem impacto? Tem. Mas é limitado. A grande preocupação não é essa. O que está acontecendo é ruim para o Brasil como um todo. E, naturalmente, acaba respingando em Mato Grosso”, disse Miranda.

A concentração das exportações brasileiras, embora tenha sustentado o crescimento do agronegócio nos últimos anos, passou a ser vista como um fator de risco. Oscilações políticas, barreiras comerciais e mudanças nos padrões de consumo desses países podem afetar diretamente a balança comercial. “O Brasil precisa tratar isso como uma pauta comercial, não política. Nossa diplomacia é eficiente e reconhecida no mundo inteiro. É preciso usá-la para defender os nossos interesses econômicos. O momento de falar em eleição é 2026. Agora, o foco deve ser proteger os mercados e garantir estabilidade para os nossos produtores”, completou o secretário.

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