Alvos de operação, servidores do TJ Servidores do TJMT receberam juntos mais de R$ 150 mil em junho

Os três servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que foram alvos da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada nesta quarta-feira (30) pela Polícia Civil, receberam mais de R$ 150 mil em salários apenas no mês junho.

Entre eles, está o técnico judiciário Mauro Ferreira Filho, preso preventivamente. As outras duas servidoras, Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa, foram alvos de mandados de busca e apreensão.

As investigações apontam que os três atuavam em um esquema criminoso liderado pelo empresário João Gustavo Volpato, que utilizava ações judiciais simuladas para forjar a quitação de dívidas com comprovantes de depósitos judiciais adulterados. O grupo também era composto por familiares e sete advogados.

Segundo dados do próprio TJMT, Mauro Ferreira, lotado na Divisão de Execução Financeira, recebeu R$ 36,8 mil no mês de junho. Eva da Guia, analista do Judiciário vinculada ao Departamento do FunaJuris, teve rendimento bruto de R$ 76,9 mil. Já Cláudia Regina, chefe de divisão no mesmo setor de Mauro, recebeu R$ 40,2 mil. Os valores incluem gratificações e benefícios.

Ao todo, a operação cumpriu mais de 160 ordens judiciais, incluindo 11 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão, e 16 bloqueios judiciais que somam R$ 21,7 milhões. Também foram sequestrados 18 veículos, 48 imóveis e autorizadas 46 quebras de sigilo fiscal e bancário.

Em nota, o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, informou que o tribunal está colaborando com as investigações e que irá instaurar procedimentos administrativos disciplinares contra os servidores investigados. A instituição afirmou ainda manter “rigorosos mecanismos de controle e transparência” e repudiou qualquer conduta que comprometa a integridade do Poder Judiciário.