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FRONTEIRA COM A BOLÍVIA

Com três casos de sarampo em investigação, MT emite alerta e intensifica vacinação preventiva

Kamila Araújo

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Diante do registro de 30 notificações de sarampo em Mato Grosso somente neste ano — das quais 27 já foram descartadas e três seguem em investigação —, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) emitiu um alerta epidemiológico nesta quarta-feira (30) para reforçar a importância da vacinação e da vigilância contra a doença. A medida é uma resposta ao avanço do sarampo em países vizinhos, especialmente na Bolívia, que já contabiliza mais de 200 casos confirmados.

A preocupação da SES-MT se intensifica devido à proximidade de cidades mato-grossenses com o território boliviano, como Cáceres, Comodoro, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade, onde há grande circulação de pessoas. Esses municípios estão recebendo ações reforçadas de vacinação e vigilância desde o início de julho.

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou a necessidade de todos os municípios, especialmente os localizados na região Oeste e a capital, Cuiabá, realizarem busca ativa por pessoas com a vacinação incompleta. “É uma doença altamente contagiosa. Avaliar os cartões de vacina e atualizar as doses é essencial para evitarmos surtos”, afirmou.

Eventos com grande aglomeração, como o Festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres, que ocorre nos próximos dias, aumentam a preocupação das autoridades sanitárias. Outro exemplo recente foi um passeio ciclístico que reuniu mais de 200 participantes entre Cáceres e a cidade boliviana de San Matías, que já confirmou casos da doença em crianças.

Até o momento, Mato Grosso alcançou 89,1% de cobertura com a primeira dose da vacina tríplice viral e 69,1% com a segunda — índices ainda abaixo da meta ideal de 95% para garantir proteção coletiva. Ao todo, já foram aplicadas mais de 52 mil doses neste ano, e 166,5 mil unidades da vacina tríplice viral foram distribuídas aos municípios. Além disso, 3.540 doses da vacina dupla viral (sarampo e rubéola) foram destinadas às cidades que fazem fronteira com a Bolívia.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, reforça que há municípios com cobertura vacinal muito aquém do esperado. “Precisamos que essas localidades avaliem quem ainda não foi imunizado e promovam ações urgentes para alcançar a meta”, disse.

A SES também recomenda que viajantes se vacinem com pelo menos 15 dias de antecedência de deslocamentos e que qualquer caso suspeito com febre e manchas vermelhas na pele seja imediatamente notificado, com coleta de amostras e isolamento do paciente até a confirmação ou descarte do diagnóstico.

Como medida extra, o Estado adotou a aplicação da “Dose Zero” da vacina em crianças de 6 a 11 meses e 29 dias — uma dose adicional preventiva que não substitui as doses de rotina. Pessoas entre 9 meses e 59 anos também podem se vacinar com a tríplice viral, caso não estejam com o esquema completo.

Mato Grosso permaneceu mais de duas décadas sem registros da doença até 2020, quando houve um caso isolado em Lucas do Rio Verde. Desde então, o Estado tem mantido vigilância constante para evitar novos surtos, especialmente em um momento de alta circulação do vírus na América Latina.

Com assessoria

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