Acompanhe nossas noticias

The news is by your side.

DANOS MORAIS

Bióloga é condenada a pagar R$ 1 milhão à família de cantor morto em atropelamento na Valley

Thalyta Amaral

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

Motorista que causou a morte de duas pessoas em atropelamento em frente à boate Valley, em dezembro de 2018, a bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro foi condenada a pagar indenização de R$ 1 milhão à família do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros. Entre os motivos que levaram à condenação estão o fato de Rafaela estar embriagada e ter se negado a fazer o teste do bafômetro.

A decisão é do juiz Yale Sabo Mendes, da 7ª Vara Cível de Cuiabá. No acidente, além de Ramon, faleceu Mylena de Lacerda, e a jovem Hya Giroto ficou gravemente ferida. Para a família do cantor, Rafaela foi condenada a pagar R$ 264 mil para cada um dos autores da ação: o pai, a mãe e os dois irmãos da vítima.

Em sua defesa, Rafaela alegou que a imprudência das vítimas, que atravessaram a Avenida Isaac Póvoas fora da faixa de pedestres e estando embriagadas, teria causado o acidente. No entanto, o argumento foi rejeitado pelo magistrado.

“Para confrontar as alegações e documentos coligidos ao processo pela parte autora, nada trouxe a ré, já que se limitou a invocar a ‘culpa da vítima’ como causa do acidente. Ora, o simples fato de as vítimas estarem atravessando a rua fora da faixa de pedestres não justifica o atropelamento que os vitimou”, diz trecho da decisão.

E ainda que uma das testemunhas contou à Justiça que, minutos antes do acidente, Rafaela saiu de uma boate na Avenida Miguel Sutil “bem ruim, estava bêbada (…) ela estava em uma situação meio… com mau cheiro, acho que ela fez até cocô nas calças”.

“A embriaguez da condutora, amplamente debatida nos autos e no processo criminal, é um fator que, por si só, já configura imprudência, pois compromete a capacidade psicomotora e a atenção necessária à condução de veículo automotor (…) O excesso de velocidade, mesmo que não extraordinário, em local de grande aglomeração de pessoas e tráfego lento, como a Avenida Isaac Póvoas, nas proximidades de uma boate, também denota imprudência”, enfatizou ainda o juiz.

Outro ponto que pesou contra a bióloga foi o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que constatou que a motorista “tinha condições de evitar o atropelamento, reagindo de maneira a imobilizar seu veículo antes de colidir com as pessoas 1 e 2 (…) Se o condutor do veículo Oroch tivesse evitado a colisão com as pessoas 1 e 2, consequentemente, também evitaria a colisão com a pessoa 3, pois esta estava afastada das outras poucos metros”.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação