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ABSURDO

Delegado relata criação de grupo com inspiração em facção em escola onde aluna foi espancada

Patrícia Neves

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O delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pela investigação do espancamento de uma aluna dentro de uma escola estadual, em Alto Araguaia, confirmou nesta terça-feira (5) que o caso envolve pelo menos quatro adolescentes, que aparecem em vídeo agredindo brutalmente a colega dentro da instituição de ensino.

Segundo o delegado, a agressão teria sido motivada por regras internas criadas por um grupo de alunos, com inspiração em facções criminosas. A aluna agredida teria descumprido uma dessas regras, o que motivou o espancamento. No vídeo, que circulou nas redes sociais, é possível ver a vítima sendo covardemente agredida por colegas, enquanto outros estudantes assistem. A garota é ferozmente espancada com quase 50 socos, isso sem contar as pauladas e chutes.

“A partir do momento que o vídeo passou a circular, confirmamos que o caso ocorreu aqui em Alto Araguaia, dentro de uma escola estadual. Identificamos as envolvidas e as conduzimos até a delegacia, onde colhemos os depoimentos delas, dos responsáveis e também da diretora da escola”, explicou o delegado.

A investigação revelou que aproximadamente 20 alunos faziam parte desse grupo. Eles definiram líderes, regras de conduta e punições – práticas semelhantes às observadas em facções criminosas.

“Eles criaram esse grupo, estabeleceram regras e punições, e a aluna agredida teria descumprido uma delas. Uma das normas, inclusive, era que a vítima não poderia chorar durante a agressão. Caso chorasse, a violência aumentaria ainda mais. Durante os depoimentos, as adolescentes confessaram que outras quatro colegas também já foram agredidas por descumprirem essas regras”, afirmou Marcos Paulo.

A Polícia Civil realizou a apreensão dos celulares das envolvidas e encontrou vídeos de outras agressões. Além disso, foi feito um levantamento do histórico familiar das adolescentes, que indicou que algumas delas possuem ligação com membros de facções criminosas.

“Infelizmente, algumas famílias têm envolvimento com o crime organizado, o que pode ter influenciado diretamente na decisão dessas adolescentes de replicarem esse tipo de comportamento dentro do ambiente escolar”, disse o delegado.

O caso será encaminhado ao Ministério Público, e a Polícia Civil irá sugerir a internação das adolescentes envolvidas. “Nosso papel agora é levantar todos os elementos possíveis e enviar ao Ministério Público. Vamos recomendar a internação dessas adolescentes, mas a decisão final cabe ao MP, dentro do que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente”, finalizou.

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