CRIME ORGANIZADO
Líder de assalto ao Sicredi de Brasnorte ficou com R$ 75 mil por “gastos com proteção”
Thalyta Amaral
O líder da quadrilha que assaltou a cooperativa Sicredi em Brasnorte (579 km a noroeste de Cuiabá) na última quinta-feira (31) ficou com R$ 75 mil dos R$ 400 mil roubados. A informação foi dada por um dos assaltantes em seu depoimento à Polícia Civil.
Segundo O.P.S., depois do assalto, um dos membros da quadrilha queimou um Ford Ka usado na ação, na BR-235. O restante do grupo abandonou a Hilux no estacionamento de um shopping e, de lá, foi para um motel para dividir o dinheiro.
No entanto, segundo esse integrante, ao chegarem no motel havia cerca de R$ 187 mil, diferente da declaração de outros membros de que foram R$ 400 mil. Os R$ 187 mil foram divididos entre os seis que participaram efetivamente do assalto e renderam as vítimas na agência.
O maior valor ficou com o homem conhecido como “Babá”, que embolsou R$ 75 mil pelos “gastos com proteção”. Segundo O.P.S., foi “Babá” quem organizou o “serviço”, arrumou as armas para o assalto e, depois, se encarregou de descartá-las para que não fossem encontradas pela polícia.
O segundo líder do bando, apelidado de “Paraíba”, que foi quem contratou os demais integrantes para o roubo, “sumiu com quase R$ 40 mil”. Comerciante em Brasnorte, ele usou o dinheiro para fugir da cidade, tendo fechado seu comércio.
Além dos seis que entraram na agência, outras oito pessoas foram presas. Segundo as investigações, o assalto contou com a participação de policiais militares, empresários e outros moradores da cidade. A prisão dos suspeitos do núcleo que realizou o assalto ocorreu no último sábado (2), em Vilhena (RO). O dinheiro levado ainda não foi recuperado.