Max Russi não crê em  obstrução de pautas no Congresso e alerta para instabilidade institucional

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), manifestou preocupação com o movimento de tentativa de obstrução de pautas por parte de parlamentares e senadores. A articulação, que ganhou força após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impor prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, vem sendo encarada como um reflexo da crescente tensão entre os Poderes.

Para Max Russi, travar o funcionamento do Legislativo não contribui para o país e pode gerar efeitos negativos na economia e na confiança institucional.

“Eu não acredito em travamento. Países que têm sucesso não podem permitir obstruções que atrapalhem o funcionamento do mundo.”

O presidente da ALMT enfatizou que, mesmo diante de divergências políticas, o caminho deve ser o do respeito institucional e da continuidade dos trabalhos legislativos.

“É difícil de ser cumprida (a obstrução), mas atrapalha. Gera instabilidade, gera incerteza — e isso retrai. É ruim, causa estrago. Temos que confiar em nossas instituições de forma tranquila.”

A fala de Max ocorre em um momento de forte polarização política nacional, com deputados federais e senadores acampados nos plenários, alegando perseguição política e protestando contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Parlamentares da oposição ao governo Lula informaram na terça-feira (5) que vão obstruir as votações na Câmara e no Senado até que a direção das duas Casas decida colocar em votação uma série de matérias classificada por eles como “pacote da paz”. Entre as medidas está a proposta que concede anistia ampla e irrestrita aos acusados pelos ataques do 8 de janeiro em 2023, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa concedida na frente do Congresso Nacional.

Com Agência Senado